Em minha coluna na Folha, domingo,
escrevi sobre o desperdício dos desperdícios:
como brasileiros com título de doutorado, dispostos
a fazer pesquisa --ou seja, transformar conhecimento em riqueza--
estão subutilizados no Brasil. Dos 7 mil doutores formados
por ano, nem 400 deles conseguem se empregar para fazer pesquisa.
É como se o país dissesse não a uma das
mais vitais formas de geração de riqueza.
Já no domingo, comecei a receber por e-mail relatos
melancólicos, frustrados, ressentidos de gente que
passou a vida estudando, apostar no valor do conhecimento,
e agora está desocupada, alguns delas obrigadas a viver
no Exterior.
Não consigo ver coisas mais terríveis, do ponto
de vista do capital humano, que podem ocorrer num país.
É dos efeitos mais funestos do baixo crescimento econômico.
Escrevo este artigo para que os leitores do Folha Online possa
ler alguns desses depoimentos que estão no site www.dimenstein.com.br.
Esta coluna é publicada originalmente
na Folha Online, na editoria Pensata.
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