Basta fazer um conta bem simples
para responder à questão lançada no título
de desta coluna. No próximo ano, o Orçamento
municipal será de R$ 14,4 bilhões. Mas, se cumprida
a lei, terão de ser desembolsados cerca de R$ 8 bilhões
para amortizar e pagar os juros da dívida.
Ou seja, São Paulo quebrou (ou melhor, quebraram São
Paulo), não tem como pagar seus compromissos, muito
menos pensar em investimentos. Não há ninguém
que, seriamente, questione esse fato.
Diante desse monumental sufoco, a primeira e óbvia
habilidade do futuro prefeito será a de realizar uma
engenharia financeira e renegociar a dívida.
Quem não se impressiona com a baboseira mercadológica
e nas ilusões de campanha, só pode estar interessado
em saber qual é, nesse momento, o melhor plano de renegociação
e a melhor pessoa para tocá-lo. Planos para educação,
saúde, transportes, vêm depois. Infelizmente
bem depois.
Coluna originalmente publicada na
Folha Online, na editoria Pensata.
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