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  café com o presidente
03/05/2004

Lula: aumento maior de salário mínimo seria irresponsabilidade

RIO - Em seu programa quinzenal de rádio, “Café com o presidente”, que foi ao ar nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em entrevista gravada em São Bernardo do Campo no domingo, que gostaria de ter se decidido por um salário-mínimo de R$ 300 e não de R$ 260, como passou a vigorar a partir de 1º de maio. Ele acrescentou que o valor poderia até ser de R$ 450 para a iniciativa privada, "porque muitas empresas já pagam isso ou mais do que isso". O presidente explicou, porém, que o rombo nas contas da Previdência impede a decretação de um mínimo maior.

"Qual é o nosso problema ao decretarmos o salário-mínimo? É o rombo da Previdência Social, ou seja, nós temos este ano um déficit de R$ 31 bilhões e nós vamos consertar isso ao longo do tempo. Foi por isso que nós fizemos a reforma da Previdência Social para corrigir esse rombo que a Previdência tem. Além disso, a Previdência tem um passivo de R$ 200 bilhões, ou seja, pessoas que não concordam com alguma contribuição que têm que pagar para a Previdência e, ao invés de pagar,entram na Justiça e, portanto, a Previdência fica com R$ 200 bilhões para receber e não recebe. E isso faz com que o caixa da Previdência não tenha o dinheiro que nós gostaríamos que tivesse para dar um aumento de salário mínimo maior", afirmou.

Lula disse que dar um salário-mínimo maior do que R$ 260 seria uma irresponsabilidade no atual momento do país. Além da preocupação com o pagamento dos aposentados e pensionistas, há, segundo ele, a intenção de reservar algum dinheiro para investimentos em habitação e saneamento básico e para a geração de empregos.

"Nós temos consciência de que o salário-mínimo é pequeno, sabemos que é preciso que o povo tenha um pouco mais e nós tentamos resolver isso aumentando o salário-família. Por quê? Porque nós queremos privilegiar a pessoa em função das suas necessidades, afinal de contas, aqueles que têm filhos menores de 18 anos de idade, aqueles que precisam de mais ajuda, são aqueles que precisam ganhar um pouquinho mais", argumentou.

O presidente, ao final do programa de rádio, tentou transmitir otimismo aos ouvintes:

"O trabalhador pode ficar preparado que nós vamos trabalhar o ano inteiro, o mandato inteiro, na perspectiva de arrumar condições de fazer com que o salário-mínimo efetivamente possa ser muito melhor do que já foi em qualquer momento da história do Brasil e muito melhor do que ele é agora. Agora, só podemos gastar aquilo que temos, não podemos gastar mais para endividar uma Previdência que só vai ser recuperada ao longo do tempo, depois da reforma que nós fizemos".


As informações são do Globo Online.

   
 
 
 

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