O crescimento da economia brasileira
será maior em 2004, mas essa expansão ficará
aquém da registrada no resto do mundo e até
mesmo na América Latina. A previsão é
da Economist Intelligence Unit (EIU), centro inglês
de análises econômicas que pertence ao mesmo
grupo que edita a revista "The Economist".
A previsão é que o país cresça
0,6% neste ano e 2,4% em 2004, quando a economia mundial terá
um crescimento de 4,1%, e a América Latina, de 3,1%.
"Embora a economia brasileira tenha estagnado no primeiro
semestre de 2003, tem havido sinais de recuperação
com base na queda da taxa de juros e no fortalecimento da
demanda global", diz o relatório, segundo o qual
a alta de 2,4% poderá ser maior dada a capacidade ociosa
de setores não voltados para a exportação.
O centro, no entanto, ainda faz um alerta e diz que as condições
da economia mundial e a taxa de juros interna podem comprometer
o crescimento do país.
A previsão para a expansão global é relacionada
ao desempenho registrado no terceiro trimestre em muitas das
maiores economias do mundo, como os Estados Unidos, onde o
PIB subiu a uma taxa anualizada de 8,2%. Na estimativa anterior,
divulgada em outubro, o EIU previa uma alta mundial de 3,4%
para 2004.
Porém a EIU diz que a recuperação global
corre risco devido ao fato de muitos dos maiores países
ainda serem afetados por significativas dívidas ou
desequilíbrios econômicos herdados da expansão
no fim dos anos 90.
Segundo estudo de outro instituto de análises econômicas,
também divulgado ontem, o Conference Board, o crescimento
da economia mundial de 2% a 3% nos últimos anos não
tem conseguido gerar trabalho para cerca de 40 milhões
de pessoas sem emprego a cada ano. A pesquisa afirma ainda
que a expansão global registrada na década de
90 foi a menor nos últimos 40 anos.
As informações são
da Folha de S. Paulo.
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