A inflação
do município de São Paulo acelerou para 0,83%
em abril, segundo dados do IPC (Índice de Preços
ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de
Pesquisas Econômicas, da USP).
Trata-se do maior índice de inflação
para meses fechados desde agosto do ano passado (0,99%). A
taxa ficou bastante próxima da última previsão
feita pelo coordenador da pesquisa de preços da Fipe,
Paulo Picchetti, que projetava 0,80%.
A primeira previsão do economista era de inflação
de 0,45% em abril, mas por conta do avanço dos preços
dos alimentos ele elevou sua previsão para o mês
na semana passada.
Em março, o IPC-Fipe havia apontado variação
positiva de 0,79% e, em abril do ano passado, de apenas 0,29%.
Além de alimentação, teve peso significativo
no IPC-Fipe de abril o reajuste dos medicamentos em razão
do reajuste dos remédios.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
autorizou o reajuste dos medicamentos controlados pelo governo,
entre eles os de uso contínuo e antibióticos,
a partir do dia 31 de março. Neste ano, haverá
três faixas de reajuste: 5,89%, 6,64% e 7,39%, conforme
resolução da CMED (Câmara de Regulação
de Medicamentos).
Dos grupos pesquisados pela Fipe, a maior alta no mês
passado foi do grupo Saúde (1,79%). Os demais itens
apresentaram as seguintes variações: Alimentação
(1,55%), Transportes (1,32%), Vestuário (0,83%), Despesas
Pessoais (0,39%), Habitação (0,15%) e Educação
(0,04%).
IVONE PORTES
da Folha Online
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