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mundo afora
06/12/2004
Busca por estudo no exterior cresce 23%

Cada vez mais jovens brasileiros partem para o exterior para estudar. Neste ano, 42 mil estudantes fecharam contrato para viajar, contra 34 mil em 2003, um aumento de 23,5%.

O levantamento é da Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta, associação que reúne 90% das instituições brasileiras da área). Algumas empresas chegaram a registrar 60% de aumento em relação ao ano passado, como a CI (Central de Intercâmbio), segundo levantamento da Folha.

"Dos estudantes latino-americanos que vêm estudar na Nova Zelândia, 68% são brasileiros", afirma Rachel Crump, do Ministério da Educação neozelandês.

A principal razão desse aumento, segundo a presidente da Belta, Tatiana de Carvalho Mendes, é o mercado de trabalho. "As pessoas estão cada vez mais cientes de que os idiomas são fundamentais para a carreira", afirma.

Outras razões são a retomada da economia, a queda na onda de terrorismo e o investimento dos países na divulgação do turismo educacional. "Os negócios da educação são diferentes, porque, quando uma pessoa vai estudar em outro país, cria laços afetivos e passa a respeitar esse lugar. Então o negócio da educação vira um negócio da paz", diz Tim Sheppard, da área de educação e negócios do governo neozelandês.

A maioria dos adolescentes que buscam um curso de intercâmbio quer a experiência de morar seis meses ou um ano em outro país. Mas os cursos de curta duração também são muito procurados. Mesmo quem estudou muitos anos de inglês no Brasil aposta na experiência in loco para tentar evoluir no domínio do idioma.

A produtora Camila Paoliello, 25, por exemplo, passou dois meses em São Francisco (EUA). Ela já fazia aulas particulares de inglês em São Paulo, onde mora, mas considera que foi essa experiência que a fez "falar de verdade". "Foi quando desenrolei a língua. Aprendi as coisas na marra, uma questão de sobrevivência", diz.

Idioma
Uma pesquisa da Belta realizada neste ano revelou que o curso mais procurado por quem viaja é o de línguas, com 88,8%.

De acordo com Claudia Martins, gerente de marketing da Student Travel Bureau (STB), uma das principais agências do setor, o Canadá tem despontado como o país mais requisitado pelos estudantes. Detém 25% da procura, seguido pelos Estados Unidos, com 22%; Reino Unido, 21%; Austrália, 12%; Nova Zelândia, 9%; e Espanha, que tem 8%.

"Esse movimento começou em 1997, uma época em que Estados Unidos e Inglaterra dominavam, com 47% da procura cada um. Com o câmbio mais favorável e cursos consideravelmente mais baratos, o Canadá vem ganhando cada vez mais espaço", afirma Martins. A STB registrou um aumento de 40% nas vendas neste ano em relação a 2003.

Confirmando essa tendência, o Centro de Estudos Canadense afirmou que, até setembro deste ano, foram emitidos 5.407 vistos de longa duração para estudantes brasileiros. Durante todo o ano de 2003, foram 4.782.

Um curso de quatro semanas com acomodação em casa de família nos Estados Unidos custa cerca de US$ 1.740. No Canadá, a mesma temporada de estudos sairia por US$ 1.080 e na Austrália, US$ 1.745.

MAYRA STACHUK
ALESSANDRA BALLES

da Folha de S. Paulo

   
 
 
 

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