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  investimento
07/05/2004

Feira de segurança gera R$ 1 bi e estados são os principais compradores

SÃO PAULO - A terceira edição da Feira Internacional de Segurança Pública (Interdefesa), que termina nesta sexta-feira na capital paulista, deverá gerar negócios da ordem de R$ 1 bilhão, o que representa um crescimento de 150% em relação ao evento realizado no ano passado (R$ 400 milhões), segundo a empresa organizadora, a Alcântara Machado. De acordo com o diretor de companhia José Danghesi, o crescimento expressivo é motivado principalmente pelas compras dos governos estaduais, que estão aparelhando suas polícias.

Para se ter uma idéia do volume de transações financeiras realizadas em uma semana, o montante representa um sétimo do que gasta, por ano, o estado de São Paulo na área de segurança (R$ 7 bilhões), a unidade da federação que mais investe no setor. Nesta quinta-feira, por exemplo, os comandantes das polícias militares dos 27 estados estiveram reunidos em São Paulo, conhecendo o que há de novo no setor. Danghesi considera que o segmento poderia ter um desempenho ainda melhor se a economia estivesse crescendo e se o governo federal repassasse mais recursos para serem investidos pelas secretarias de segurança.

Uma prisão "contêiner" que impede a escavação de túneis pelos presos e computadores de bordo de viaturas policiais estão entre as inovações que os representantes de governadores puderam acompanhar na Interdefesa, onde mais de 90 empresas e marcas expuseram seus produtos. Aparelhos celulares que criptografam a fala, impedindo "grampos", já utilizados por policiais de alguns estados brasileiros, também foram apresentados no evento.

Em termos de informática destinada à segurança pública, um computador de bordo da Motorola instalado em viaturas está entre as vedetes da feira. O equipamento, utilizado desde o ano passado em carros policiais da Paraíba - a única do país que conta com o equipamento -, permite ao PM levantar toda a ficha criminal de um suspeito, acessando a base de dados da polícia. De acordo com o gerente de produtos da empresa Jose Vasquez, o aparelho ainda tem a vantagem de ser mais resistente do que um convencional, suportando umidade e poeira, por exemplo.

"Já desenvolvemos uma interface que permitirá no futuro acessar o Infoseg (base de dados nacional da polícia). Além disso, o computador permite aos policiais trocar mensagens pela Internet, tem acesso à intranet da polícia, além de chat, o que garante sigilo das táticas militares", afirmou Vasques, salientando que o sistema impediria que a freqüência de rádio da polícia fosse captada, permitindo a fuga de bandidos, como ocorreu na quarta-feira, em São Caetano do Sul, onde os criminosos que assaltavam um prédio conseguiram fugir ao saberem que a PM estava a caminho.

Segundo o representante da Motorola, o estado do Pará também já se mostrou interessado em instalar o computador de bordo nas viaturas, por causa do sucesso obtido na Paraíba. Ele afirmou ainda que estados com um número menor de policiais tem uma vantagem em relação aos que contam com um grande contingente, como São Paulo e Rio de Janeiro, uma vez que o investimento é menor. Ele não quis falar em custo do produto, pois varia de acordo com o tamanho da encomenda. A Paraíba, destacou, já conta com cem unidades e encomendou mais 50.

"Isso mostra a eficiência do produto", afirmou ele, acrescentando que a PM de São Paulo, nas cidades de Campinas, São José dos Campos e Santos, já trabalha com radiocomunicadores produzidos pela empresa que criptografam a comunicação.

Outra novidade da feira é uma unidade carcerária modular, fabricada pela Eurobras, especializada na fabricação de contêineres marítimos. A principal vantagem dessa cela é que ela impede fugas por túneis, pois é fabricada com chapas de aço "corten", o mesmo usado no setor naval. Aliás, a prisão, com capacidade para quatro pessoas, parece mesmo um contêiner. Segundo o vendedor Patrick Cassiano de Oliveira, vários secretários de administração penitenciária e comandantes da Polícia Militar já demonstraram interesse pelo produto, avaliado em R$ 40 mil (unidade).

De acordo com Oliveira, a prisão modular pode até ser empilhada. O projeto estrutural da cadeia permite que até quatro módulos sejam empilhados. A unidade carcerária é revestida de sensores computadorizados que indicam ao carcereiro quando há qualquer tentativa de fuga. Além disso, por ser feita de um material anticorrosivo, tem durabilidade de mais de 30 anos.

O gerente da Motorola apresentou ainda um computador de mão que, utilizando tecnologia "wireless", permite ao policial preencher uma multa de trânsito e emiti-la instantaneamente, já com as assinaturas do infrator e do policial digitalizadas. Na Flórida (Estados Unidos), onde as carteiras de motorista são parecidas com um cartão magnético, a autoridade não precisa preencher a multa, pois o banco de dados é instantaneamente acessado e recupera todas as informações necessárias assim que o cartão é passado no aparelho.

 


As informações são do Globo Online.

   
 
 
 

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