BRASÍLIA
- O líder do PT na Câmara, Arlindo Chinaglia,
garantiu que a bancada do partido na Casa irá votar
unida na medida provisória do salário mínimo.
Ele admitiu que na reunião de mais de três horas
realizada na manhã de hoje alguns parlamentares apresentaram
propostas alternativas, propondo um aumento maior que os R$
260 anunciados pelo governo.
Chinaglia afirmou, contudo, que o PT vota com o governo e
só apoiará um valor maior se o próprio
Executivo avaliar que existe espaço para isso. ''Existe
também o sentimento de que decidimos uma coisa na Câmara
e outra no Senado. Se caso o governo avaliar que há
espaço para um aumento, a proposta deve vir dos partidos
da base e não da oposição'', acrescentou.
O líder petista repetiu o discurso de que o debate
é livre, mas que no momento da votação,
a bancada votará fechada. ''Pela própria estória,
compromisso e papel do presidente da República, se
houver espaço para um mínimo maior, caberá
ao próprio Lula anunciar'', concluiu.
O deputado Chico Alencar (PT-RJ) admitiu que a votação
da MP do salário mínimo poderá repetir
o episódio da votação da reforma da Previdência,
quando diversos parlamentares da bancada se recusaram a votar
seguindo orientação do governo.
''Temos uma concepção de que política
de salário mínimo não é uma política
menor, é um balizamento de distribuição
de renda. Se não for assim, é preciso assumir
logo que não vai haver distribuição de
renda, e que só vai acontecer daqui a dez anos'', criticou.
As informações são
do Jornal do Brasil Online.
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