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onu
10/09/2004
Estudo lança propostas para combater fome

A criação de mecanismos que elevem a contribuição dos países no combate à fome é a melhor maneira de atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, em especial o que prevê a erradicação da miséria. É o que aponta um relatório elaborado pelos governos do Brasil, do Chile, da Espanha e da França, a ser apresentado em uma reunião de líderes mundiais, em Nova York, às vésperas da Assembléia Geral da ONU.

O estudo apresenta uma lista de instrumentos diferentes que poderiam ser usados no combate à fome. Há propostas para curto, médio e longo prazo, envolvendo vários tipos de contribuição — como taxação das transações financeiras internacionais, taxação sobre o comércio de armas, doações voluntárias, combate a paraísos fiscais e benefícios para remessas de imigrantes, entre outras.

Em entrevista em Brasília, a assessora do Ministério das Relações Exteriores para temas sociais e multilaterais, Maria Nazareth Farani, estimou que a taxação sobre movimentação financeira e a sobre compra e venda de armas poderiam arrecadar, juntas, US$ 34 bilhões ao ano.

Mesmo esse valor, porém, fica abaixo da demanda mundial. “Apesar do amplo consenso em torno da necessidade de libertar o mundo da pobreza e da fome, a maior parte dos países, até o presente momento, não colocou em prática os compromissos assumidos em ocasiões passadas. Como conseqüência, estimativas do Banco Mundial e das Nações Unidas indicam um déficit de financiamento no mundo de pelo menos US$ 50 bilhões por ano”, declarou o embaixador do Brasil junto à ONU, Ronaldo Sardenberg, em reunião na quarta-feira em Nova York. “Mantido o atual ritmo, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio não serão atingidos no prazo previsto em muitos países em desenvolvimento”, acrescentou.

As propostas apresentadas pelos quatro países prevêem um acréscimo (e não uma substituição) às contribuições já feitas atualmente, destacou Sardenberg. A administração dos recursos ficaria a cargo de instituições multilaterais já existentes. “O Grupo reconhece a conveniência de se evitar, o máximo possível, a criação de estruturas administrativas novas e custosas. Além disso, em razão das restrições fiscais enfrentadas por muitos países em desenvolvimento, os recursos deveriam ser canalizados preferencialmente sob a forma de doações”, disse o embaixador brasileiro.


As informações são do site PNUD Brasil.

   
 
 
 

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