Lívia
Cortizo
Vinte e nove hospitais públicos estaduais da Grande
São Paulo têm contado com um novo reforço:
350 universitários. Responsáveis por receber
os pacientes, prestar apoio e indicar o local de atendimento,
os estudantes fazem parte do programa Jovens Acolhedores.
Trata-se de uma iniciativa do governo do Estado que tem por
objetivo unir colaboração, aprendizado e protagonismo
juvenil.
Estudantes das áreas de saúde e de humanas
estão tendo a oportunidade de participar do projeto.
Eles passaram por treinamentos antes de começaram a
atuar nas unidades de saúde, no dia primeiro de setembro.
Durante 15 dias, aprenderam sobre humanização
e como funciona o hospital e a recepção aos
pacientes.
Os jovens permanecerão nos hospitais por 12 meses.
A meta, segundo o secretário estadual da Saúde,
Luiz Roberto Barradas Barata, é que outros grupos sejam
formados e 500 universitários participem do programa
até o final deste ano.
De acordo com o governador Geraldo Alckmin, os hospitais
são muito grandes e as pessoas acabam tendo dificuldades
para conseguir informações. “Os Jovens
Acolhedores são universitários treinados, capacitados
para fazer essa recepção. São os anjos
da guarda”, explicou.
Segundo Alckmin, a presença de universitários
é muito importante para que haja calor humano dentro
das unidades de saúde. “Além disso, os
jovens farão parte de uma experiência enriquecedora“.
O governador afirma que as pessoas procuram os hospitais mesmo
quando o atendimento poderia ter sido feito em uma Unidade
Básica de Saúde. “Devido a este fato,
é preciso que tenha um trabalho de acolhimento dentro
desses hospitais”, enfatiza.
Conforme a estudante de enfermagem Vanessa Cândido,
uma das jovens acolhedoras do projeto, os hospitais não
possuem funcionários suficientes para atender o público
em geral. “A maioria dos pacientes chegam e não
sabem para onde ir. Auxiliamos no atendimento, dando prioridade
aos idosos”. A jovem de 21 anos acrescenta que os pacientes
adoram quando os acolhedores perguntam do que eles precisam.
“Eles se sentem melhores recebidos”, conta.
Pelo trabalho de cinco horas diárias, os jovens receberão
bolsa de estudos e mais a quantia de R$ 350 paga pelo governo
estadual. Ao longo da vigência do contrato, os acolhedores
continuarão recebendo treinamentos voltados às
áreas de saúde e cidadania.
Vanessa está trabalhando no Hospital Mandaqui, situado
na zona norte de São Paulo, e está muito contente
com a atividade. “Além de ter contato com o público,
é muito válido para a minha profissão
e meu currículo escolar ajudar pessoas que estão
com alguma doença. Acredito que crescerei muito com
esta oportunidade”, finaliza.
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