BRASÍLIA
- Um balanço do Ministério da Justiça
mostrou que foram registradas no ano passado - primeiro ano
do governo Lula - 6,7 milhões de ocorrências
nas delegacias de polícia. Um crescimento de 18% em
relação aos 5,6 milhões de registros
de 2002. As estatísticas que a Secretaria Nacional
de Segurança Pública (Senasp) recebeu dos Estados
mostram aumento dos crimes contra o patrimônio, delitos
envolvendo drogas e crimes de trânsito. Houve redução
de homicídios e crimes violentos sem mortes.
O estudo mostra crescimento de 11,8% do número de ocorrências
para crimes violentos contra o patrimônio, onde se incluem
roubo a coletivos, residências, estabelecimentos comerciais,
cargas, bancos e veículos. Tráfico, uso e porte
de drogas somaram 90,8 mil ocorrências no ano passado,
um aumento de 8,3% em relação ao ano anterior.
No trânsito, o número de ocorrências subiu
de 284 mil para 294 mil.
No primeiro ano do governo Lula, foram registrados no país
40.630 homicídios dolosos, uma pequena redução
em relação ao ano anterior, quando as ocorrências
somaram 41.083 vítimas. Os casos de estupro subiram
de 14.220 para 14.280.
Um dos crimes que teve maior redução foi o
de extorsão mediante seqüestro. Em 2002 foram
registrados 583 casos, número que caiu para 375 no
ano passado, redução de 35%. A queda mais brusca
ocorreu na região Sudeste, onde o número de
seqüestros caiu de 421 para 194.
O furto é o crime mais comum no país. Ano passado,
foram feitas 2,1 milhões de ocorrências desse
delito, contra 1,8 milhão no ano anterior. O levantamento
mostra que mais da metade dos crimes contra o patrimônio
(54%) acontece nas capitais. Para todos os outros delitos
pesquisados, as capitais concentram entre 28% e 33% das ocorrências.
Junto com os dados, a Senasp publicou análises, por
cada tipo de delito, sobre as ocorrências mais comuns,
entre 2001 e 2003.
A avaliação dos três anos para o crime
de extorsão mediante seqüestro chama a atenção
para o crescimento de 92,2% na taxa da Região Norte.
Segundo a assessoria do Ministério da Justiça,
essas avaliações da Senasp são puramente
numéricas. Todos os dados pesquisados foram divulgados
pelos Estados e no momento estão sendo revistos. Para
o ministério, o resultado do levantamento ainda não
reflete totalmente a política de segurança pública
do governo Lula, que começou a ser implantada no ano
passado. A expectativa dos técnicos do ministério
é que haja redução da criminalidade este
ano, devido a políticas como a campanha do desarmamento.
As informações são
do Jornal do Brasil.
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