Mais
da metade dos trabalhadores brasileiros acumulava em 2002
renda entre meio salário e dois salários mínimos
mensais, segundo a Síntese de Indicadores Sociais divulgada
ontem pelo IBGE (Fundação Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística).
De acordo com o censo, dos 78,168 milhões de ocupados
naquele ano, 9,5% recebiam até meio salário
mínimo. Outros 17,6% ganhavam entre meio e um salário
mínimo. E 26,3% dos ocupados, entre um e dois salários
mínimos. Ainda segundo o levantamento, 12,3% estavam
numa faixa de renda de dois a três salários mínimos
mensais e 10% tinham remuneração de entre três
e cinco mínimos. Somente 11,4% dos ocupados no país
recebiam acima de cinco salários mínimos, diz
o IBGE.
Quando consideradas as regiões, o Nordeste e o Norte
são as que apresentam os piores indicadores de rendimento.
No Nordeste, 49,4% dos empregados sem carteira assinada recebiam
até meio salário mínimo. Na região
Norte, esse percentual era de 30,2% dos ocupados.
Segundo o IBGE, Alagoas é o Estado que mais concentra
ocupados, sem carteira assinada, com renda mensal de até
meio salário mínimo: 58,3% dos trabalhadores.
Sintoma óbvio, nas regiões mais ricas, o contingente
de ocupados sem carteira assinada que têm renda abaixo
de meio salário mínimo diminui. Correspondia
a 17,4% dos ocupados no Sudeste e a 17,2% no Sul. Na região
Sudeste, 37% dos empregados com carteira assinada recebem
mais de dois salários mínimos. No Nordeste,
não passam de 17,5% e, no Norte, de 21,8% dos ocupados.
As informações são da Folha de S. Paulo.
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