A Semana
de Mobilização das Escolas começa hoje
no Rio Grande do Sul , mas o engajamento na luta contra maus-tratos
às crianças já teve início. Integrados
à programação da campanha O Amor é
a Melhor Herança - Cuide das Crianças que, de
31 de maio a 5 de junho incentiva instituições
a concentrarem esforços pela causa, professores e alunos
fazem da temática uma experiência cotidiana.
Não é à toa que, aos quatro anos, Valentina
Rossi, traz na ponta da língua os seus direitos. Aluna
da Caracol Escolinha, que desde o ano passado desenvolve projetos
no bairro Bela Vista, em Porto Alegre, a menina agora ensina
as lições que aprendeu dos monstrinhos da campanha
da RBS:
" A família tem de dar carinho para as crianças.
O pai e a mãe têm de dar educação,
comida e brinquedos. E criança deve ficar em casa,
na escola ou passeando. Não pode trabalhar", diz.
No ano passado, os 90 alunos da instituição
produziram livros coletivos sobre o tema, reunindo desenhos
e textos sobre temas como cuidado e igualdade entre crianças
de diferentes raças e nações.
Durante a Semana de Mobilização, que se estende
até 5 de junho, esses e outros trabalhos serão
expostos às famílias. Inspirados pelos personagens
da campanha, os estudantes produzirão materiais sobre
valorização da família e do afeto.
Escolas que desejarem aderir à campanha devem manifestar
sua intenção por meio de ações
que estimulem o processo de reflexão e atitude sobre
o tema. As instituições mais mobilizadas que
informarem à Fundação Maurício
Sirotsky Sobrinho sobre suas atividades poderão receber
uma visita dos monstrinhos da campanha.
A escola infantil Meladinho, no bairro Menino Deus, em Porto
Alegre , faz parte do grupo de instituições
mobilizadas. A programação começará
com a visita de uma mãe gestante, que falará
sobre a gestação para as crianças, mostrando
exames, vídeos e fotos, além de contar a elas
como o bebê se desenvolve. A atividade integra um projeto
de valorização do corpo, um dos princípios
para a auto-estima e o cuidado.
"A questão do corpo está diretamente relacionada
com a identidade e com a saúde. Percebemos que ao longo
do projeto as crianças começam a cobrar mais
dos colegas e de suas famílias que evitem agressões",
diz a diretora pedagógica da escola, Maria Inês
Spolidoro Oliveira.
LETÍCIA DUARTE
do jornal Zero Hora
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