BRASÍLIA.
Alunos de famílias de nível socioeconômico
mais alto, com mais acesso a bens e serviços como TV
por assinatura, computador, internet, telefone celular, videocassete
e DVD, tiveram melhor desempenho no último Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem), em 2003. Numa escala de 0 a
100 na prova objetiva, eles alcançaram média
de 63 pontos contra 41 dos estudantes com menor acesso.
A diferença de 22 pontos foi constatada pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) ao cruzar
os resultados do teste com os dados do perfil socioeconômico
fornecidos pelos estudantes. O Inep considerou outras situações
que podem influenciar no rendimento dos alunos. Atividades
extracurriculares, como estudar uma língua estrangeira,
fazer curso de informática, pré-vestibular ou
praticar esportes, também melhoram o desempenho no
Enem.
Diferença
De acordo com o Inep, os estudantes com esse tipo de atividade
extra-classe tiraram nota média até 17 pontos
maior do que os demais colegas. Da mesma forma, quem lê
jornais, revistas e livros obteve média até
sete pontos acima de quem não tem o hábito da
leitura, mesma diferença em favor de quem freqüenta
escolas mais equipadas, com melhor infra-estrutura e ambiente
de estudo.
Outras avaliações do Ministério da Educação
têm demonstrado o que o senso comum já indica:
uma escola melhor estruturada, com ambiente propício
ao estudo, tem impacto positivo sobre o rendimento dos estudantes.
Bem diferente é a situação de quem estuda
em áreas de risco, nas imediações de
penitenciárias sujeitas a rebeliões, por exemplo.
Participaram do Enem no ano passado 1,3 milhão de
estudantes de escolas públicas e privadas. O Enem 2004
será aplicado em 29 de agosto.
As informações são
do jornal O Globo.
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