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ensino
17/05/2004
Como incentivar a criança a ter uma vida cultural

Todo aluno precisa de aulas de matemática, português e história. Mas diversão e arte também são necessárias e estão presentes no ambiente escolar, com leitura de livros e apresentações de teatro, música e vídeo. Elemento importante no desenvolvimento intelectual da criança, as atividades culturais devem ser incentivadas pelos pais e constituir um programa em família.

A criança que freqüenta desde cedo e com assiduidade espetáculos culturais cresce com mais conhecimento geral. O aumento de vocabulário é um dos reflexos positivos notados por educadores e psicopedagogos.

"Estava atendendo um menino e brincávamos com bonecos. Na hora de escolher o brinquedo, ele me pediu o boneco do Hércules e justificou: "porque ele é o filho de Zeus!". Essa informação está registrada e será guardada por ele", explica Maria Rita Araújo, psicopedagoga e psicomotricista relacional.

A maioria das escolas tem um programa cultural definido, que inclui visitas a museus, cinemas e galerias de arte, apresentações de teatro e exibições de filmes. Esse programa normalmente é discutido nas reuniões e deve, sempre que possível, ser incentivado pelos pais.

" Um requisito básico é que a escola tenha uma boa biblioteca e integre atividades culturais ao projeto de sala de aula", recomenda Maria Rita.

Mas de nada adianta a escola garantir uma vida cultural intensa se não há incentivo em casa. Assim como na educação formal, a responsabilidade pela orientação cultural da criança também deve ser dividida com os pais. E não há uma idade ideal para que o contato com a arte comece. O aluno Luiz Pedro Silva Aozani tem quatro anos e já cobra da mãe, Nara, idas ao cinema e ao teatro. Matriculado na pré-escola do Rainha do Brasil, em Porto Alegre, Luiz conta com o interesse e a organização familiar para manter uma agenda cultural diversificada, já que os ingressos para apresentações de teatro, música e cinema têm, em alguns casos, valores elevados.

"Eu e meu marido reservamos parte do salário para esses programas", conta a mãe.

A estratégia utilizada pela família de Luiz Pedro é recomendada pela pedagoga Maristela Galarça Dutra:

"Além de aproveitar as oportunidades que a escola oferece, os pais também devem procurar por opções com entrada franca".

É importante ressaltar que o desenvolvimento da criança é um processo individual e continuado. Uma vida cultural movimentada pode aumentar a abrangência de conhecimentos, mas não garante eficiência no aprendizado.

"É preciso que os pais estejam sempre atentos aos desejos do filho. Apresentar opções, mas sem forçar. A atividade deve proporcionar prazer", conclui a psicopedagoga Maria Rita Araújo.

FABIANO MORAES
do Zero Hora

   
 
 
 

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