Há
mais de dois anos trabalhando junto ao piscinão de
Ramos, o coordenador do Circo Voador Praia de Ramos, Biel
Fortuna, anunciou que está deixando o espaço,
como noticiou Ancelmo Gois em sua coluna no GLOBO. A falta
de verbas, o medo de um possível uso eleitoral do projeto
e a violência foram os motivos que levaram à
decisão.
"Chegamos ao limite. Nenhum patrocinador queria mais
investir no projeto por medo de ligar a sua imagem a um lugar
marcado pela violência. Estamos deixando o espaço
para que a comunidade, se assim quiser, passe a administrá-lo",
afirmou Fortuna.
Desde que foi criado, o espaço já foi palco
de mais de 500 eventos, mas muitos, noturnos, tiveram que
ser cancelados por falta de segurança. Apesar das dificuldades,
a escola de artes do Circo Voador formou 360 alunos. O projeto
ainda foi responsável pela formação de
40 agentes ambientais.
Segundo Fortuna, para prosseguir tocando os projetos culturais,
seriam necessários R$ 64 mil mensais e o orçamento
atual é de R$ 6.600. O projeto arquitetônico
do circo sequer chegou a ser concluído, faltando ainda
espaço para administração, salas de aula,
pavimentação e iluminação internas.
Na idéia original do projeto, já havia a previsão
de a equipe da Fundição Progresso deixar o espaço
para que a própria comunidade administrasse, mas a
decisão foi antecipada por causa da falta de condições.
As informações são
do jornal O Globo.
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