BRASÍLIA
- O secretário de Educação Profissional
e Tecnológica do Ministério da Educação,
Antônio Ibañez, disse nesta terça-feira
que o governo espera aumentar dos atuais 600 mil para 2 milhões
o número de alunos matriculados no ensino técnico
de nível médio até 2006. O MEC e cinco
entidades ligadas ao ensino profissionalizante lançaram
nesta terça-feira um pacto pela valorização
da educação profissional e tecnológica
no Brasil que prevê convênios entre a União
e estados, mudanças na legislação e investimentos
em novas escolas.
Ibañez afirmou que o MEC deve investir R$ 175 milhões
na expansão da rede de ensino técnico em 2005,
ou seja, quase três vezes mais do que o previsto este
ano, que é de R$ 65 milhões. A maior parte desses
recursos faz parte do Programa de Expansão do Ensino
Profissionalizante (Proep). O ministro da Educação,
Tarso Genro, afirmou que o MEC destinará R$ 40 milhões
adicionais para as despesas de custeio da rede federal de
ensino técnico e investirá R$ 25 milhões
na criação das chamadas escolas de fábrica,
que deverão funcionar dentro de empresas para formar
mão-de-obra para o mercado de trabalho.
Tarso destacou que a idéia é conceber uma lei
orgânica à educação profissional,
área que constitui um dos quatro eixos da política
do ministério. A definição de uma nova
política de educação profissional foi
pedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Lula. Tarso
entende que a formação de profissionais de nível
técnico deve fazer parte do projeto de desenvolvimento
do país.
Ibañez acrescentou que a expectativa do MEC é
que a expansão de matrícula ocorra em parceria
com os estados, a partir de um decreto assinado este ano que
permitiu novamente uma oferta unificada do ensino técnico
com o ensino médio. A idéia é que estudantes
da rede tradicional passem a freqüentar essa nova modalidade
de curso técnico médio unificado. É o
que vai acontecer com boa parte dos alunos do Espírito
Santo, Santa Catarina e Paraná, estados que assinaram
convênios hoje com o MEC.
De acordo com Ibañez, de cada cinco alunos que terminam
o ensino médio e tentam uma vaga na universidade apenas
um consegue acesso ao ensino superior. Os demais vão
para o mercado de trabalho, muitas vezes sem a qualificação
necessária. Esse é o público-alvo da
política de educação profissional do
governo.
As informações são
do site O Globo.
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