SÃO PAULO - A avaliação
do primeiro ano das administrações Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) são percebidas
de modo semelhante pelos paulistas. De acordo com pesquisa
do Ibope, encomendada pela Federação do Comércio
de São Paulo (Fecomercio SP), 44% dizem que o governo
Alckmin é ótimo ou bom e 41% avaliam dessa forma
o governo Lula. A margem de erro da pesquisa é de 3,1
pontos percentuais, para mais ou para menos, o que coloca
as duas administrações em empate técnico.
Já 39% dos entrevistados consideram a administração
Alckmin regular contra 35% dos que pensam dessa maneira sobre
o governo Lula. Também há empate técnico
nesse item. Para 13% dos entrevistados, o governo Alckmin
era ruim ou péssimo em dezembro e outros 21% achavam
isso do governo Lula. Somente a avaliação negativa
de Lula ultrapassa a margem de erro quando comparada à
de Alckmin.
Segundo a análise do Cepac, a avaliação
positiva ao governo Lula é maior entre os mais escolarizados
(43%) do que entre os menos escolarizados (38%) e no interior
(43%) do que na região metropolitana de São
Paulo (33%). Dentre os que avaliam como ótimo ou bom
o governo Alckmin, 52% têm opinião positiva sobre
a gestão Lula.
Já avaliação positiva do governador
é maior entre os mais escolarizados (50%) e entre os
que ganham mais de 10 salários mínimos (56%).
Entre os menos escolarizados e os que ganham até um
salário, a avaliação positiva cai para
44% e 41%, pela ordem.
Para o presidente da Fecomercio SP, Abram Szajman, o resultado
mostra que o " governo Lula tem o reconhecimento pela
estabilidade que trouxe à economia e a credibilidade
de quem vem do povão " e que o governador Geraldo
Alckmin, apesar dos problemas na segurança pública
" passa respeitabilidade e credibilidade " . Para
Szajman, a questão da violência tem a ver também
com o nível de desemprego, uma questão mais
relativa ao governo federal e não apenas da alçada
do governo do Estado.
O instituto de pesquisa perguntou ainda aos entrevistados
sobre a aprovação do governo Alckmin ao fim
do primeiro ano da gestão, dos quais 67% deles, aprovam;
23%, desaprovam e 11% não souberam responder. No critério
confiança, 61% disseram confiar em Alckmin, 31% afirmaram
que não confiam no governador e 9% não souberam
responder.
O Ibope pesquisara o governador nos itens avaliação,
confiança e aprovação no mês de
setembro. A pesquisa anterior, no entanto, não abrangeu
o presidente da República. Quanto ao governador há
estabilidade nos três itens sondados, dentro da margem
de erro. A avaliação positiva de Alckmin passou
em setembro de 45% e agora é de 44%, já a confiança
no governador se manteve nos dois meses em 61%, bem como a
aprovação ao governo Alckmin se manteve em 67%
nos dois meses referidos.
O presidente Lula e o governador Alckmin podem se tornar
importantes cabos-eleitorais para os candidatos a prefeito
em 2004 no Estado segundo a pesquisa. O apoio do presidente
Lula e do governador Alckmin são equivalentes - 28%
deles poderiam votar num candidato a prefeito caso o governador
desse o apoio. Para 59%, o apoio de Alckmin nada mudaria na
hora da escolha do candidato e para 6% poderia diminuir. Já
26% dos que responderam à pesquisa disseram que o apoio
de Lula a um candidato a prefeito aumentaria sua disposição
em votar neste político e para 56% nada influenciaria.
Outros 12% disseram que poderia diminuir a disposição
para votar no candidato.
Dos pesquisados, 27% mostraram ter muito interesse nas eleições
de 2004 - percentual que sobe para 46% entre os mais escolarizados.
A sondagem foi feita pelo Ibope/Federação do
Comércio de São Paulo (Fecomercio), no Estado
de São Paulo, com 1.008 entrevistas entre os dias 10
e 15 de dezembro com eleitores com mais de 16 anos.
As informações são
do Valor Online.
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