O programa
Crédito Solidário se destina principalmente
a famílias com renda de 1 a 3 salários mínimos,
mas permite que até 20% das beneficiadas por projeto
de moradia popular tenham entre 3 e 5 salários mínimos
de renda. O programa, do Ministério das Cidades, teve
o lançamento de sua etapa paulista hoje.
O programa vai destinar mais de R$ 400 milhões para
projetos de cooperativas e associações de moradia.
Cada uma das 41.154 famílias beneficiadas poderá
receber até R$ 20 mil, para pagar em 240 meses, sem
juros.
Segundo o ministro das Cidades, Olívio Dutra, se todos
os 2.759 projetos enviados para o ministério fossem
aprovados, seriam necessários mais de R$ 3,5 bilhões.
“Isso revela a enorme demanda represada no país
por moradia digna”, disse. Somente os estados do Amazonas
e de Rondônia não enviaram projetos.
Em maio, o Ministério abriu inscrições
para projetos de cooperativas e associações.
Foram aprovados 684 projetos de todos os estados, exceto Amazonas
e Rondônia. As cooperativas têm agora dois meses
para entregar os documentos de viabilidade técnica
e financeira dos projetos para Caixa Econômica Federal,
que é a instituição que administrará
o fundo.
A distribuição dos recursos do programa foi
feita considerando duas características principais:
o déficit habitacional, calculado pelo IBGE, e a pertinência
dos projetos apresentados. O estado de São Paulo, que
concentra 17,4% do déficit, receberá R$ 81,5
milhões, e a sua capital, R$ 49,6 milhões. O
segundo estado que mais receberá será Minas
Gerais, R$ 50 milhões, dos quais R$ 34 milhões
só para Belo Horizonte, o estado concentra 9,5% do
déficit. O Rio de Janeiro, quarto estado em concentração
do déficit habitacional (7,6%), receberá a terceira
maior quantia, R$ 35,3 milhões e a capital carioca
ficará com R$ 16,9 milhões. O estado da Bahia
receberá R$ 29,4 milhões e Salvador, R$16 milhões.
O estado tem 8,73% do déficit de moradia do País.
As informações são
da Agência Brasil.
|