A escola
das crianças. Essa foi uma das primeiras preocupações
de Laís quando o marido morreu.
Ela nem se lembrava mais que havia feito um seguro educacional
para os dois filhos, cujo preço era embutido nas mensalidades.
De lá para cá, o pequeno negócio que
o casal tinha faliu, a ex-comerciante voltou para a casa da
mãe e os credores estão no seu encalço,
razão pela qual prefere não ter seu nome publicado.
" Mas os dois meninos terão a escola paga até
o último ano do ensino médio", consola-se.
Esse seguro educação, o coletivo, contratado
pela escola, é o mais vendido. E é também
o mais barato, quando a adesão ao plano é obrigatória
para todos os pais.
Um seguro simples desse tipo, apenas com cobertura em caso
de morte do responsável pela criança, pode custar
menos de R$ 9 por mês para uma mensalidade de, por exemplo,
R$ 800.
Quem contrata a seguradora é a própria escola,
que se livra da inadimplência.
Quando a adesão é opcional, o custo do seguro
escolar sobe cerca de 20%, por causa da escala menor.
Planos individuais, contratados pelos pais diretamente, apesar
de um pouco mais caros e menos comuns no mercado, têm
vantagens. Uma delas é que o plano continua a valer
se o aluno mudar de escola, o que não acontece quando
o seguro é feito pelo próprio estabelecimento
de ensino.
Por isso, esse tipo de plano tem prazo mais longo e pode incluir
as mensalidades da faculdade.
Pode acontecer, porém, de a mensalidade subir mais
do que se previa. Por isso, deve-se analisar de tempos em
tempos se a cobertura contratada não ficou abaixo da
necessidade.
"O que é garantido não é a mensalidade,
mas uma renda que o pai compõe pelo que espera gastar",
diz Fernanda Guiné, da Porto Seguro Seguros.
Ao contratar, deve-se pesar preços e benefícios.
A cobertura para desemprego do responsável pela criança
pode sair mais cara do que o próprio seguro por morte.
E, em geral, paga apenas três meses de mensalidade.
Previdência privada e seguro podem se complementar.
" O seguro protege no primeiro momento da contratação",
diz Marco Rossi, da Bradesco Seguros.
"O seguro importa para a família que não
tem renda para suprir a falta do provedor. Já a previdência
pode ter custo elevado", diz a consultora Márcia
Dessen.
MARIA CRISTINA FRIAS
Folha de S.Paulo
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