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Trabalho
31/08/2004
Desemprego cairá, diz Berzoini

O ministro do Trabalho e Emprego, Ricardo Berzoini, afirmou que o desemprego no país deve fechar o ano abaixo dos 10%, com 2 milhões de empregos gerados. Para o ministro, o crescimento de 5,5% do emprego de janeiro a julho é expressivo. "O quadro é muito favorável pois em três meses reduzimos a taxa em dois pontos percentuais e o cenário é de contratação em vários setores da economia".

O ministro se refere a dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram que, em três meses, o desemprego caiu de 13,2% para 11,2%. Segundo ele, foram gerados, de janeiro a julho deste ano, 1,246 milhão de empregos formais.

''Isso é importante para o reaquecimento do mercado interno e mais importante ainda para o financiamento da Previdência social'', afirmou o ministro, acrescentando que a necessidade de financiamento do INSS através das contribuições sociais que não são diretamente vinculadas à folha será menor do que o projetado no início do ano.

De acordo com Berzoini, o crescimento do emprego registrado nos últimos meses mostra que o Brasil pode chegar até o fim deste governo com mais de 10 milhões de empregos gerados, promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Berzoini sustenta que ''essa não é uma meta, mas uma referência''.

O ministro acrescenta que ''o Brasil perdeu tantos empregos no governo passado que, para recuperar, será necessário gerar 10 milhões de novos postos''.

Berzoini disse ainda que não haverá tempo para concluir o debate sobre a Reforma Trabalhista até o fim deste ano, o que deve ser feito em 2005. A expectativa é que a tramitação esteja na etapa de conclusão apenas no início de 2006. Para 2004, o ministro espera encaminhar ao Congresso a proposta de Reforma Sindical.

''A sociedade não deve esperar do atual governo uma reforma que afete de forma negativa a relação do trabalho ou crie a supressão de direitos trabalhistas. O nosso compromisso é modernizar e isso só virá se houver entendimento responsável entre as centrais sindicais e as confederações empresariais'', defendeu.

Para o ministro, o projeto que institui as Parcerias Público-Privadas (PPP) é fundamental para o crescimento sustentável. Ele lamentou que as discussões estejam paralisadas no Congresso. ''Lamento que, pela disputa eleitoral, alguns setores estejam marcando posição e não ajudando no debate.

Berzoini avalia que as dificuldades da economia brasileira por conta dos problemas de infra-estrutura já causam encarecimento da produção e da distribuição. Para ele, é necessária a aprovação das PPPs para ampliar o volume de investimentos do governo e diminuir os reflexos dos gargalos de infra-estrutura no crescimento econômico.


DIMALICE NUNES
do Jornal do Brasil

   
 
 
 

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