A revisão
do Censo mostra ainda, que a taxa de mortalidade infantil
no país caiu, mas ainda é superior a de países
vizinhos. Em 2000, de cada 1.000 crianças nascidas
vivas, 30 morreram com menos de um ano. Em 1970, este número
chegava a 100. A melhora do indicador está relacionada
ao aumento da escolaridade feminina, à elevação
do percentual de domicílios com saneamento básico
e a um maior acesso aos serviços de saúde.
Apesar da queda, o país ainda apresenta uma taxa superior
à de países como Argentina (21 por 1.000), Chile
(12 por 1.000) e Uruguai (15 por 1.000). O Brasil ocupa o
100º lugar no ranking das mais baixas taxas de mortalidade
infantil entre 192 países.
Desde a década de 40, com a utilização
dos antibióticos no combate a doenças infecto-contagiosas,
o País começou a reduzir a taxa de mortalidade
infantil. Campanhas de vacinação, de aleitamento
materno e os agentes comunitários de saúde contribuíram
para modificar o quadro.
O Brasil ainda está muito longe, no entanto, dos resultados
de países como Cingapura (2,9 por 1.000), Japão
(3,2 por 1.000) e Suécia (3,4 por 1.000). Nos dois
últimos, a mortalidade baixa está associada
a enfermidades cujo controle depende de um forte volume de
investimentos em pesquisas na área de biotecnologia
e engenharia genética.
Violência
A expectativa de vida também interfere nos resultados
da mortalidade infantil. A partir da década de 80,
a violência passou a afetar negativamente a estrutura
por idade das taxas de mortalidade, principalmente dos jovens
do sexo masculino.
Segundo o IBGE, apesar do aumento na expectativa de vida,
ela poderia ser dois ou três anos maior sem o efeito
das mortes de jovens causadas pelo aumento da violência.
As informaões são do
jornal A Tarde, de Salvador - BA
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