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02/02/2004
Vereadores podem ter férias de julho cortadas

Vanessa Sayuri Nakasato

As férias de julho dos vereadores de São Paulo podem estar com os dias contados. Um projeto de lei que extingue o recesso parlamentar no meio do ano está entre as prioridades a serem votadas no primeiro semestre, segundo o presidente da Câmara Municipal, Arselino Tatto (PT).

O texto, de autoria do vereador Celso Jatene (PTB), foi apresentado em agosto de 2001 e colocado três vezes para votação. No entanto, só agora a possibilidade de aprovação tem sido levantada. “As perspectivas para que não haja recesso a partir deste ano são boas”, comentou Tatto.

Para ele, o projeto não foi aprovado, ainda, por falta de articulação. “É um texto polêmico que não foi suficientemente discutido nos anos anteriores. Não será nada fácil, mas começaremos a brigar por isso amanhã”, ressaltou.

Na opinião de Jatene, não tem sentido interromper as atividades da Câmara em julho. “Diferente de senadores, deputados estaduais e federais, os vereadores não precisam se deslocar para outras cidades e estados para trabalharem ou dar atenção aos seus eleitores. Então, não justifica parar duas vezes ao ano”, afirmou.

De acordo com o vereador, o recesso de julho prejudica não só o trabalho parlamentar como a cidade de São Paulo. Ele conta que muitos projetos importantes deixam de ser votados no fim de junho e, mesmo em regime de urgência, só voltam a ser discutidos em setembro. “Os Planos Diretores Regionais, por exemplo. Só não são interrompidos, em julho, quando há pedido da prefeita”.

Atualmente, os vereadores têm, no mínimo, 60 dias de recesso. Segundo Jatene, isso é um privilégio desnecessário. “Se todo trabalhador brasileiro ganha 30 dias de descanso, por ano, por que nós, parlamentares, temos que ter o dobro?”, disse.

Ao extinguir o recesso em julho, Tatto e Jatene afirmam querer servir de exemplo aos Poderes Legislativos de todo o país.

 
 
 

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