Após
a lei seca, atendimentos no HC, Hospital Regional Sul e Hospital
Estadual do Mandaqui voltaram a cair no final de semana
Foram 51 atendimentos nos 3 principais hospitais estaduais
referência em trauma da cidade, contra 92 do final de
semana anterior
O atendimento a vítimas de acidentes de trânsito
voltou a cair pelo terceiro final de semana seguido em São
Paulo desde a implantação da lei seca.
De acordo com dados obtidos pela Folha, que
serão divulgados hoje pela Secretaria de Estado da
Saúde, foram registrados 51 atendimentos nos três
principais hospitais estaduais referência em trauma
da cidade. No fim de semana anterior (27 a 29 de junho), foram
92 atendimentos; no fim de semana de 20 a 22 de junho, foram
114. A queda registrada em relação ao primeiro
levantamento, portanto, foi de 55%.
A Secretaria de Estado da Saúde atribui a redução
à lei seca, que prevê tolerância zero e
até prisão para o motorista flagrado após
beber.
Os locais que serviram de análise para o estudo são
o Hospital das Clínicas, na zona oeste da capital,
o Hospital Regional Sul, na região de Santo Amaro,
e o Hospital Estadual do Mandaqui, na zona norte.
O Hospital das Clínicas atendeu 27 pacientes entre
os dias 4 e 6 de julho. O número é ligeiramente
superior aos 24 atendimentos do final de semana anterior,
mas é inferior ao do primeiro fim de semana da lei
em vigor, entre 20 e 22 de junho, quando foram registrados
33 casos.
A lei passou a valer no dia 19 de junho. Um final de semana
antes, entre 13 e 15 de junho, o HC atendeu a 38 pessoas que
sofreram acidentes.
No Hospital Estadual do Mandaqui, principal emergência
da zona norte, a queda neste final de semana foi maior: foram
registrados 15 atendimentos, contra 42 no fim de semana anterior
e 45 entre os dias 20 e 22 de junho. No Hospital Regional
Sul, em Santo Amaro, na zona sul da cidade, foram nove vítimas
de acidentes contra 26 no final de semana anterior e 36 entre
os dias 20 e 22.
A chamada lei seca entrou em vigor em 19 de junho e prevê
limite de dois decigramas de álcool por litro de sangue
(ou 0,3 mg de álcool por litro de ar expelido no bafômetro),
o equivalente a um copo de chope.
Acima disso, o motorista é multado em R$ 955, recebe
sete pontos na carteira, perde o direito de dirigir por um
ano e o carro é apreendido. A partir de seis decigramas
(ou 0,3 mg/ l, no caso do bafômetro, o equivalente a
dois copos de chope), a infração passa a ser
crime e o motorista pode ser preso.
Mônica Bergamo
Folha de S.Paulo
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