Marina
Rosenfeld
especial para o GD
A maioria das pessoas acha que a única semelhança
entre um rally e uma empresa é a certeza de mudanças.
Mas engana-se quem não consegue enxergar mais pontos
em comuns entre esses dois ambientes. Já são
muitas as companhias que tiram seus profissionais do escritório
e os levam para dentro de um carro de rally com o objetivo
de vivenciar uma nova experiência e trazer para o dia-a-dia
situações que são comuns, mas que nem
sempre são bem resolvidas.
O rally possibilita aos profissionais aprenderem como se toma
decisões num ambiente em que os recursos são
ainda mais escassos e que ter calma é imprescindível
para alcançar bons resultados. “Na hora da crise,
se você não tiver serenidade, não pedir
ajuda e não for humilde, você não consegue”,
diz Klever Kolberg, que neste ano cruza o deserto africano
pela 18° vez e foi campeão do rally mais importante
do mundo, o Paris-Dakar, por seis vezes.
Kolberg, que há sete anos percorre uma série
de empresas brasileiras dando palestras sobre o assunto, garante
que o rally é um mar de incertezas, assim como uma
organização: os recursos são limitados
e as adversidades, os desafios e as situações
são inúmeras e inusitadas. De acordo com ele,
no rally, onde tudo tem que acontecer muito rápido,
é necessário saber trabalhar em equipe, se adaptar
rapidamente, planejar, criar estratégias, colocar prioridades,
tomar decisões criativas, administrar fornecedores,
ter uma comunicação eficaz e perceber antes
de mais nada que o erro é uma fonte de aprendizado.
“Ao mesmo tempo que você erra, tem que acertar
rapidamente para seguir em frente”, comenta Kolberg.
Para finalizar, o piloto comenta que tanto no rally como na
empresa, é preciso estar no lugar certo, na hora certa.
“É importante ter equilíbrio e não
adianta ser forte num ponto e no outro não”.
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