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COMUNIDADE
03/12/2004
Moradores do Butantã pretendem expulsar travestis de ruas do bairro

 

Ruas do Butantã, zona sul de São Paulo, foram transformadas em palco de um briga ferrenha. De um lado estão moradores e comerciantes. O outro lado começa a chegar no fim da tarde: são mulheres e travestis que, há alguns meses, começaram a se prostituir no entorno da av. Vital Brasil.

Na última quinta-feira, mais de cem pessoas se reuniram com representantes da prefeitura e das polícias Civil e Militar, entre outros órgãos, para encontrar uma forma de expulsar o novo público da região. Entre as propostas, surgiu até mesmo a idéia de fotografar os carros dos clientes dos travestis para enviar as fotos de maridos infiéis a suas famílias.

"Há quatro meses tenho que tomar Lexotan para dormir, porque elas ficam conversando, dando gritos e rindo na frente do meu portão. E toda manhã tem camisinha no chão da frente da minha casa", diz a comerciante Joana -os nomes são fictícios, a pedido dos organizadores da reunião.

O comerciante João, por exemplo, diz já ter sido vítima de vingança. Ele conta que discutiu com um travesti que estava na frente de sua casa e na manhã seguinte encontrou seu carro -que fica estacionado na rua- com a pintura destruída.

"O nosso papel a gente está fazendo. O problema agora é de legislação. Enquanto ela não mudar, vamos ficar discutindo a mesma coisa", disse o delegado Marcos Gomes de Moura, do 51º DP, no Butantã.

Para o travesti Alcione Carvalho, presidente da ONG Associação dos Profissionais do Sexo de São Paulo, o conflito no Butantã só será resolvido se houver diálogo entre os moradores e os travestis e prostitutas, que devem ser chamados para as reuniões. "As soluções têm que ser encontradas em conjunto. A gente pode ter um trabalho educativo, para ensinar a falar mais baixo, não jogar preservativo no chão, mas para isso é preciso conversa. Se for no grito, ninguém consegue nada e o conflito continuará", diz.


AMARÍLIS LAGE
da Folha de S. Paulo

   

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