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da
Redação
Começa nesta quinta-feira, na cidade de São
Paulo, o X Congresso Internacional de Cidades Educadoras.
O tema deste ano é Construção de Cidadania
em Cidades Multiculturais. Inspira-se nos princípios
de promoção da cidadania global e da consolidação
da democracia a partir do respeito à pluralidade das
diversas manifestações socioculturais expressos
na Carta das Cidades Educadoras.
Esses são alguns projetos selecionados
no Estado de São Paulo para participarem do congresso
(veja outros nacionais
e internacionais):
"Pedagogia Hospitalar
de São Paulo", São Paulo (SP)
Estudantes internados no Hospital do Câncer para tratamentos
muito longos corriam o risco de perder aulas e conteúdo
programático, até de perderem anos letivos.
Outros tinham dificuldades de acompanhar os conteúdos
até por estarem naquela situação fragilizada.
O projeto inclui atividades lúdicas (jogos, brinquedos,
CD room, videogame, desenhos), artísticas, escolares
(vinculadas à escola de origem ou com base no currículo
da escola de origem) e pedagógicas. É feita
uma avaliação do desenvolvimento do aluno/paciente,
com ênfase e estimulação em suas dificuldades.
Além disso, há contrato com a Prefeitura de
São Paulo para organização de dois cursos
anuais e assessoria para a construção de uma
política de atendimento pedagógico hospitalar.
“Chilena, eres parte,
no te quedes aparte”, São Paulo (SP)
Começou com um projeto de pesquisa inscrito num concurso
promovido pelo governo chileno para avaliar as comunidades
de cidadãos do país no exterior. Verônica
Ravena e Oriana Jara participaram com uma pesquisa feita com
30 mulheres chilenas que vieram para o Brasil no primeiro
grupo de imigrantes, já com filhos. Com esse trabalho,
formaram facilitadoras que atuavam com as imigrantes. Montaram
oficinas de discussão, por exemplo, de sexualidade
na terceira idade, que com as discussões passaram a
ter nomes como “Ah, hoje é você que está
com dor de cabeça?”. Agora, o projeto passou
a ser das próprias atendidas, que o tomaram (tanto
que, para ir gravar lá, é preciso ter autorização
delas, não das coordenadoras). Os cursos hoje ficam
lotados, ninguém os deixa no meio, há um “resgate
de cidadania”.
“Esporte é educar”,
São Paulo (SP)
Por meio de atividades físicas e culturais, o projeto
promove a inclusão de estudantes portadoras de deficiência
do Centro Educacional Pêra Marmelo e seus familiares
(no Jaraguá, SP). Entre as atividades desenvolvidas
estão natação, atletismo, vôlei,
basquete, futsal, handebol, ginástica, atividades rítmicas,
alongamento, hóquei sobre piso, bocha, patinação,
pintura em tela, narração de histórias,
cinema, teatro vocacional, aulas de informática, sempre
respeitando as características de aprendizado e aptidões.
“Aqui Jaz o Passado.
Coleta Seletiva Por Buri e Pela Natureza”, Buri (SP)
O projeto, desenvolvido a partir do ano passado pela Prefeitura
de Buri, começou com a mobilização de
estudantes em torno da necessidade de conscientizar toda a
população para o cuidado com a destinação
do lixo e salvar a cidade de multas ambientais e da contaminação
do rio Apiaí-Guaçu. Hoje a coleta seletiva é
realizada na cidade inteira e já conta com adesão
de 75% dos domicílios. Com a implantação
do projeto, os catadores de lixo - que antes trabalhavam no
meio de roedores, baratas, moscas, urubus e conviviam com
o mau cheiro e o risco de doenças - contam agora com
um ambiente de trabalho mais seguro e digno. Organizadas em
Cooperativas de Reciclagem, 30 famílias sobrevivem
da coleta, que começou com um volume semanal de 2,5
toneladas e já alcança 6 toneladas. Os salários
também melhoraram – muitos dos catadores dobraram
o faturamento.
“Projeto ALFA: Alfabetização
pelo Lúdico, Físico e Artístico”
Descalvado (SP)
Desde 2004, reforça o aprendizado de alunos que têm
dificuldade por meio de atividades lúdicas de alfabetização,
educação física e artes. Desenvolvido
em uma brinquedoteca municipal, o projeto atende cerca de
200 alunos, em turmas de acordo com a idade e série.
Foram colocados à disposição dos alunos
que participam da experiência ônibus e material
específico para cada disciplina desenvolvida. As dificuldades
de cada aluno recebem atenção individualizada.
"Cemei", Mogi Mirim
(SP)
O Cemei atende crianças e jovens com deficiências
auditivas, visuais e intelectuais. Há salas com recursos
especiais para as necessidades de cada grupo de alunos - em
áudio e braile para os portadores de problemas visuais,
ensino pré-profissionalizante para os alunos com menos
de 18 anos, que inclui confecção de artesanato
que lhes permita ter renda própria, e ensino profissionalizante
para jovens com mais de 18 anos. A intenção,
segundo Ana Laura Trentin Rofolo, chefe de seção
da educação especial, é “assegurar
que os alunos tenham um rumo natural em suas vidas, que venham
a obter um emprego ou uma vaga na universidade, enfim, a idéia
é ensiná-los a ganhar espaço”.
“Aimirim”, Mogi
Mirim (SP)
É um local que reúne serviços municipais.
Há educação profissional – com
ênfase em dar oportunidades de trabalho –, ginástica
para a terceira idade, programação de férias
para as crianças da cidade. Recentemente foi incluído
um curso sobre dengue na grade de serviços dos centros
espalhados pela cidade, devido à atualidade e urgência
do tema.
"Educação Musical”, Mogi Mirim (SP)
Atende crianças de 7 a 10 anos que encontram no projeto
aulas de canto, violão, percussão e teatro.
Como resultado do trabalho, iniciado em 2005 e hoje estendido
a todas as escolas da rede de ensino municipal de Mogi Mirim,
foram formados um coral, um coral performático –
usando as aulas de canto e de artes cênicas –
e um grupo de percussão que usa instrumentos de material
alternativo, como latas.
“Ações
Complementares”, Batatais (SP)
Inclui aulas de teatro, fanfarras, atividades circenses e
artesanato para alunos da rede pública municipal de
Batatais no chamado “período contrário”
– período em que os alunos não estão
em aula regular. A secretária de Educação
de Batatais, Maria Cristina de Oliveira Castro Prado, informa
que, após a implantação do projeto, há
três anos, foram observados dois resultados mais evidentes:
a melhora do desempenho escolar dos estudantes que participam
dos cursos extracurriculares e o aumento da freqüência
escolar, pois é necessário ter presença
na aula para poder ir às classes extras. De acordo
com a secretária, a participação dos
estudantes no projeto é voluntária, mas há
um esforço para tentar levar os alunos que estão
com mais dificuldade a freqüentar esses cursos, que ajudam
a desenvolver o raciocínio e, naturalmente, evitam
que crianças e jovens fiquem na rua.
Veja também:
Alguns
projetos nacionais selecionados para o X Congresso Internacional
de Cidades Educadoras
Alguns
projetos internacionais selecionados para o X Congresso Internacional
de Cidades Educadoras
Link relacionado:
Virada
à luz de lanternas
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