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28/04/2006
Carta da semana
Vamos Salvar o Brasil de 2026!
" Lendo a matéria de Roberto
Pompeu de Toledo, publicada na Veja, sobre o livro 3000 Dias
no Bunker, do jornalista Guilherme Fiúza, pensei como
seria bom para o Brasil se o mesmo grupo, ou pelo menos parte
dele, que se reuniu para elaborar o Plano Real e enfrentar
a inflação, se reunisse para por fim na situação
caótica que se encontra a educação brasileira.
Na mesma revista, o artigo de Cláudio de Moura Castro,
menciona que a população do Brasil precisa se
indignar, pois só assim, a nossa elite de profissionais
da área faria alguma coisa para melhorar a educação
no Brasil. Será que os professores do ensino fundamental,
do ensino médio, os de nível superior, as autoridades,
os políticos não vêem que se não
se fizer alguma coisa urgente com a educação,
este Brasil, que todos queremos ver crescendo, não
vai chegar a lugar nenhum?
Se não se priorizar a educação
fundamental e média, o Brasil vai cada vez mais para
o fundo do poço! O que estamos vivenciando desde a
Presidência da República, Senado, Câmara
e Poder Judiciário Brasileiro é deprimente e
triste. Isto é a cara do Brasil! É a mentalidade
do “enrolation”, como dizia uma propaganda de
cerveja há um tempo atrás. Todos só se
preocupam com si próprios. A impressão que se
tem é que a maioria dos professores finge que ensina,
os alunos, por sua vez, fingem que aprendem e assim sucessivamente.
Nos Três Poderes não poderia ser diferente. Por
favor, brasileiros vamos fazer algo por nossas crianças
que é o futuro do Brasil, pois esta nossa geração
já está perdida!
Precisamos parar e se dedicar somente
as escolas de ensino fundamental e médio. Sem educação
nenhum país avança. Ainda têm as “benditas”
cotas das Universidades Públicas. No dia 25/04/2006
vimos mais uma discussão sobre as cotas na Comissão
de Educação, na Câmara, o que acho um
completo equívoco, pois novamente repito, se não
cuidarmos do ensino fundamental e médio, de que adiantam
essas cotas? Que profissionais vamos estar formando? É
muito preocupante.
O governo parece querer copiar um
modelo americano, que lá pode até funcionar,
pois a população tem acesso gratuito ao ensino
fundamental e médio. E olha que os Estados Unidos estão
longe de ser exemplo de educação, mas temos
de convir é um sistema muito melhor que o nosso. Se
for para copiar o modelo americano, por que não começamos
pelo ensino fundamental e médio, ao invés de
começarmos pelo topo? A mim me parece, me desculpe
o termo, uma estupidez! Alguns podem dizer: - Mas o Brasil
é um país enorme com enumeras diferenças
regionais! Concordo com isto e as diferenças existem
mesmo! Volto ao exemplo dos EUA. Naquele país, toda
criança a partir de cinco anos de idade tem direito
a escola gratuitamente. A partir dos seis anos, o horário
escolar é das 8:00 às 16:00 horas, de norte
a sul, de leste a oeste. Neste horário, absolutamente
nenhuma criança, do jardim da infância até
o último ano do colegial, pode estar nas ruas, nem
em shopping, nem em cinemas, nem em parques, nem em teatros,
nem em lanchonetes, nem em lugar nenhum, a não ser
que estejam acompanhadas por um responsável legal,
com uma explicação cabível para não
estarem na escola. A própria população
e a polícia se encarregam de fiscalizar se existem
crianças nas ruas ou não.
Eu me pergunto, por que não
podemos aplicar um sistema semelhante? É muito trabalhoso
e dispendioso? É! Será um investimento que não
trará resultados nem visibilidade imediatos, será
necessária uma geração, ou seja, uns
20 anos para alcançarmos tal sonho. Mas, sem investir
seriamente no futuro das nossas crianças, não
tem CPI nem política econômica que dê certo.
Por favor, salvem o Brasil, vamos educar nossas crianças!",
Gianna Carvalheira -
carvalheirachina@yahoo.com.br
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