Ao reafirmar mais uma vez sua
pré-candidatura, o governador Geraldo Alckmin está
baseado numa aposta: a de que José Serra não
levaria às últimas consequências suas
pretensões presidenciais. Pelo menos é isso
que vem falando aos seus interlocutores.
Na sua visão do governador, Serra exigiria para sair
candidato a unidade do partido para não repetir o erro
da eleição presidencial passada, na qual, ao
impor seu nome sem os devidos apoios, teve dificuldades durante
a campanha.
"Vou até o fim", repete Geraldo. Isso significa
que não aceitar retirar seu nome sem uma ampla consulta
ao PSDB, na qual os governadores sejam ouvidos, além
das bancadas federais e o Diretório Nacional. Imagina
que, nesse ambiente, teria adesão.
O governador se baseia em mais uma aposta: a de que vai convencer
seus correligionários de que a sua candidatura é
menos vulnerável do que a de Serra, obrigado ao desgaste
de deixar precocemente a prefeitura e trazendo de novo o embate
PT-FHC, que supostamente seria favorável a Lula.
Coluna originalmente publicada na
Folha Online, na editoria Pensata.
|