Mais 1.800 pessoas de comunidades
carentes de três cidades de Pernambuco - Olinda, Cabo
de Santo Agostinho e Paulista - serão orientadas sobre
formas de preparar alimentos aproveitando cascas, talos de
frutas e de hortaliças, antes jogados fora, para fazer
bolos, biscoitos, pães, sucos e tortas.
A iniciativa integra as ações do projeto Cozinha
Brasil Alimentação Inteligente, lançado
oficialmente nesta sexta-feira pelo secretário nacional
de Segurança Alimentar, José Baccarin, e os
presidentes da Confederação Nacional da Indústria
(CNI), Armando Monteiro Neto, e do Serviço Social da
Indústria (Sesi), Jair Meneguelli, na unidade do Sesi
em Paratibe, a 20km da capital. Em Recife e Camaragibe o treinamento,
iniciado há seis semanas, já formou 602 alunos,
numa média de 105 por semana.
A idéia é repassar informações,
por meio de cursos disponibilizados gratuitamente, em unidades
móveis equipadas com cozinhas. Os instrutores lançam
mão de produtos regionais, que no caso do Nordeste
incluem a mandioca e a abóbora.
O presidente do Sesi, Jair Meneguelli, observou que o projeto
de combate à fome visa ensinar a cozinhar de forma
segura e econômica, evitando o desperdício. Ele
disse ser inadmissível que 30% dos alimentos produzidos
no país se percam na colheita, no transporte ou na
casa das pessoas, quando 50 milhões de brasileiros
vivem abaixo da linha de pobreza.
O secretário de Segurança Alimentar, José
Baccarin, destacou que a expectativa do Ministério
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome é
investir R$ 500 mil na expansão do programa para contemplar
mais 100 mil pessoas no país até 2006. “No
final deste mês o Cozinha Brasil estará sendo
lançado em São Paulo, Rio de Janeiro e no Piauí,
quando 10 mil caminhões estarão em atividade”,
assegurou.
As informações são
da Agência Brasil.
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