Gerente de editora, produtor musical,
bailarino, ator, músico, profissões hoje ocupadas
por adolescentes na faixa dos 18 anos. Integrantes de projetos
sociais, eles conseguiram transformar a inquietude em sonhos
e os sonhos em realidade. Ontem alguns deles deram depoimentos
no painel “A Arte na Minha Vida”, no primeiro
dia da terceira edição da Feira da Música,
que segue até sábado, no Centro de Convenções,
em Fortaleza.
Numa apresentação descontraída, trocaram
informações sobre como a arte mudou a forma
como eles encaram a vida. “Sempre fui muito inquieta
e hoje, de dez irmãos, sou o orgulho da família,
que aprendi a aceitar; tenho consciência de que sou
capaz de transformar as coisas”, diz Meire Moreira,
de 21 anos.
Aos 11 anos, começou como recepcionista do Memorial
do Homem Cariri. Fez aulas de música, oficinas de rádio,
onde comanda o programa “Papo Cabeça”,
sobre assuntos voltados para adolescentes, coordena o laboratório
de site e cursa Pedagogia.
Exemplos
No Conjunto Ceará, em 1990, o Movimento Hip Hop começou
com a reunião de pessoas em torno de uma manifestação
cultural, que se juntou aos skatistas e pichadores, tornando-se
independente. Atualmente, os grafiteiros fazem xilogravura,
os rappers se mesclam ao repente e o hip hop ao xaxado.
A comunidade hoje conta com o projeto Mercado Alternativo,
gerando oportunidades de sobrevivência para os integrantes
do Hip Hop, com a produtora de entretenimento e gravadora
de CDs.
Outra mudança significativa é do projeto Tapera
das Artes, de Aquiraz. Lá, filhos de pescadores e pedreiros
se transformaram em músicos profissionais, com CD e
tudo.
O teatro e a dança também são exemplos
de aplicações da arte nos projetos do Grupo
de Apoio aos Portadores de Aids (GAPA) e Vidança.
O objetivo deste painel da Feira da Música, diz o
coordenador Ivan Ferraro, é aproximar os movimentos
culturais das periferias e interior.
As informações são
do Diário do Nordeste, de Fortaleza -CE.
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