O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva entra em 2004 ainda com o desafio que, durante
a campanha eleitoral, prometeu enfrentar: o da exclusão
social.
No ano passado, além dos sem-terra, que sempre ocuparam
o noticiário, estiveram nas manchetes brasileiros sem
teto, sem transporte urbano, sem UTI, sem luz, sem comida,
sem emprego e até
sem registro de nascimento (leia um resumo de casos em quadro
nesta página).Foi um ano em que não faltaram
protestos dos chamados "excluídos", como
o dos sem-teto, que invadiram prédios e terrenos em
São Paulo e Recife.
Os problemas na saúde pública também
fizeram suas vítimas, como na tragédia em Ponta
Grossa, no Estado do Paraná, onde 39 pessoas morreram
à espera de leitos hospitalares.
Em Salvador (BA), em outubro, estudantes fizeram uma série
de protestos por causa dos preços das passagens. Em
alguns dias chegaram a parar o trânsito do centro da
cidade. Outras manifestações pelo mesmo motivo
ocorreram em João Pessoa (PB) e em São José
dos Campos (SP).
Com a pressão de movimentos populares, Lula pediu
paciência, lançou e reformulou programas sociais,
refez promessas.
Diante de mazelas antigas e complexas do país -com
poucos recursos e dificuldades gerenciais- ao fim do primeiro
ano da gestão Lula, os resultados não atingiram
as metas fixadas pelo próprio governo.
Em maio, por exemplo, o presidente prometeu assentar 60 mil
famílias. Segundo números oficiais do Incra
(Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária), no entanto, o novo governo só conseguiu
assentar 34,5 mil.
As informações são
da Folha de S. Paulo.
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