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  educação
07/05/2004

Professores voltam, mas alunos querem manter greve nas Fatecs

Professores e funcionários das Faculdades Tecnológicas (Fatecs) e das Escolas Tecnológicas Estaduais (ETEs) decidiram voltar ao trabalho na segunda-feira. Mas isso não significa que as aulas serão retomadas totalmente: os alunos das Fatecs decidiram continuar parados.

Eles também têm reivindicações e dizem só voltar às aulas quando elas forem atendidas. Na pauta estão, além do salário dos professores - reposição de 72,22%, referente ao período de maio de 1996 a maio de 2003 -, o orçamento das Fatecs e a permanência do status de cursos de graduação acadêmicos, e não profissionalizantes.

"A gente sabe que o governo tem como pressionar os professores. Mas não tem como nos pressionar, porque não temos vínculo salarial. Vamos continuar a greve", disse o estudante Henrique Drovandi, do Centro Acadêmico XXIII de Abril. O CA vai "conscientizar" os alunos de que é importante não assistir às aulas.

ETEs
Os professores e funcionários das ETEs estavam em greve desde fevereiro e, segundo os professores, 17 das 105 unidades do Estado estavam parcialmente paradas. Algumas voltaram a funcionar já na quinta-feira, quando a decisão foi tomada.

Os grevistas das ETEs estabeleceram condições para o retorno. "Como a secretaria aceitou os termos do acordo, suspendemos a greve. Vamos ver se eles vão cumprir e negociar realmente", disse a secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Centro Paula Souza, Silvia Elena de Lima.

Entre os pontos do acordo estão o pagamento dos dias parados - contanto que as aulas sejam repostas -, a não-punição dos grevistas e a abertura da negociação salarial.

Fatecs
Os professores das Fatecs, iniciaram em março sua paralisação, que prejudicava sete das 17 unidades do Estado, afetando 11 mil alunos, segundo o sindicato dos professores. "Decidimos dar um voto de confiança ao secretário (da Ciência e Tecnologia) e ao governo", disse o professor Marcelo Capuano, da Fatec São Paulo, após assembléia encerrada por volta das 20h30 de quinta-feira.

Segundo o secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, Fernando Dias Menezes, os professores que pararam terão o pagamento efetuado, contanto que se comprometam a repor as aulas perdidas. "A secretaria está disposta a negociar todos os pontos", disse Menezes.

Limite prudencial
Desde o início do movimento, o governo vinha dizendo que não podia conceder aumento por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, que limita gastos com folha de pagamento do funcionalismo público.

A expectativa do governo é de que a arrecadação registrada nos primeiros quatro meses deste ano aumente e passe a permitir a elevação de gastos e, em conseqüência, o reajuste salarial.

"Se sairmos do chamado limite prudencial, haverá reajuste. Só será preciso negociar de quanto", afirmou o secretário-adjunto. Segundo ele, o vestibular para o segundo semestre está garantido.

 


As informações são da Agência Estado.

   
 
 
 

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