A maioria dos remédios não
tem nenhum efeito sobre a maior parte dos pacientes, afirmou
Allen Roses, vice-presidente da divisão de genética
do grupo farmacêutico britânico GlaxoSmithKline
(GSK), num relatório divugado em Londres, informa nesta
segunda-feira o jornal britânico "The Independent".
"A grande maioria dos medicamentos --mais de 90%-- age
apenas em 30% a 50% dos pacientes", disse Roses na semana
passada em Londres, durante uma exposição dos
próximos remédios preparados pela divisão
de pesquisa e desenvolvimento da empresa.
Desta forma, segundo o executivo, os medicamentos contra
o mal de Alzheimer são eficazes apenas em 1 paciente
em cada 3, e os remédios contra o câncer só
atuam em um quarto das pessoas, isso porque os genes dos pacientes
impedem, na maioria dos casos, a ação dos produtos.
Especialista em farmacogenética, Roses estima que
um simples exame de DNA permitiria a identificação
dos pacientes que responderiam de forma positiva a uma determinada
molécula, o que levaria os médicos a receitar
aos doentes apenas os remédios que poderiam agir em
seu organismo.
O grupo farmacêutico apresentou na última quarta-feira,
em Londres, 147 projetos em desenvolvimento clínico.
Em 2002, o grupo anunciou ter gasto 2,7 bilhões de
libras (quase 4 bilhões de euros) em pesquisa.
As informações são da France Presse.
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