Em reunião
de três horas no Palácio do Planalto com ministros
da coordenação de governo, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva deu uma resposta, ontem, aos críticos
da política econômica do ministro da Fazenda,
Antonio Palocci: com pressão ou sem pressão,
nada mudará na política econômica até
o meio do ano.
A orientação do presidente é uma resposta
às cobranças, feitas inclusive pelo PT, por
mudanças na política econômica. “Acabou
a fase do eu acho. Agora é a fase do eu faço”,
avisou Lula na reunião. O Planalto espera que em abril,
com a divulgação da evolução do
Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, fique claro
que a economia está crescendo.
A preocupação dos petistas, que já chegou
aos ouvidos do presidente, é o medo de um fracasso
nas eleições municipais em importantes cidades
por causa do alto desemprego e do baixo crescimento da economia.
“O governo não discute a possibilidade de tomar
qualquer decisão econômica influenciado pelas
eleições”, disse o ministro Jaques Wagner.
O líder do Governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP),
reforçou. “A política econômica
do Governo não se movimenta por tentações
populistas. A história do Brasil e da América
Latina tem várias experiências de fracasso com
o populismo, que é fácil, mas efêmero,
já que não tem a racionalidade e a sustentabilidade
econômica. Não podemos movimentar a política
econômica por questões eleitorais”, disse.
As informações são
Diário de S.Paulo.
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