A aprovação do Estatuto
do Desarmamento uniu os partidos, inclusive os de oposição,
na avaliação de que o projeto é importante,
mas que, por si só, não vai reduzir a criminalidade
no país, apesar de ser considerado um avanço.
"Não é a solução final, mas
é um grande avanço no combate à criminalidade",
disse o relator do estatuto, senador César Borges (PFL-BA).
"Tenho esperança de que estamos dando um passo
expressivo", disse o líder do PSDB, Arthur Virgílio
(AM).
O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), também
considerou a aprovação um avanço. "Esse
estatuto (...) não vai resolver todos os males da criminalidade
e proteger as pessoas, mas é um primeiro passo. Todos
os países do mundo que restringiram as armas de fogo
tiveram redução da criminalidade."
Para o líder do PFL, José Agripino (RN), "é
mais um elemento que se agrega ao elenco de providências
que o Brasil está tomando. Emprego e segurança
são os dois maiores desafios desse país".
"O estatuto é uma conquista da sociedade civil",
disse o líder do governo, Aloizio Mercadante (PT-SP).
O advogado Ari Friedenbach, pai da estudante Liana, 16, assassinada
com o namorado no mês passado, estava no plenário
e criticou o estatuto. "É pouco eficiente, uma
vez que o bandido não vai na loja comprar armas. Precisa
é de um rígido controle de fronteiras."
Fernanda Krakovics,
da Folha de S.Paulo.
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