RIO -
Altas menores na alimentação e no gás
de cozinha fizeram o Índice Nacional de Preços
ao Consumidor (INPC) despencar de 0,83% em janeiro para 0,39%
em fevereiro. O INPC adota a mesma metodologia do IPCA, porém
se refere a famílias com rendimento de um a oito salários-mínimos,
enquanto o IPCA tem como referência rendas de um a 40
salários-mínimos. Como alimentação
e o gás têm forte peso no INPC, a queda no índice
foi mais forte do que no IPCA.
Além disso, automóveis e educação,
que pressionaram o IPCA de fevereiro, têm pouca relevância
no INPC.
“Os itens que subiram mais em fevereiro são
típicos de classes de renda mais altas”, explicou
Eulina Nunes, gerente do Sistema de Índices de Preços
do IBGE.
A educação tem peso de 3,81% no IPCA e de 1,82%
no INPC. Já os automóveis novos têm participação
de 2,86% e 0,10%, respectivamente. O peso dos alimentos é
de 23,39% no IPCA e de 30,82% no INPC. No caso do gás
de cozinha, os pesos são de 1,67% (IPCA) e 2,78% (INPC).
Os alimentos haviam registrado fortes altas em janeiro com
as chuvas atípicas desse verão que prejudicaram
as lavouras. Já o gás de cozinha tivera grandes
reajustes com as distribuidoras retirando descontos em algumas
regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE.
LUCIANA RODRIGUES
do Jornal O Globo
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