O ministro
da Educação, Tarso Genro, disse nesta quinta-feira,
em um forum do Palácio do Planalto sobre a sua pasta,
que o governo dará prioridade à educação
e à infra-estrutura a partir do ano que vem, e que
os órgãos do governo estarão vinculados
a estas políticas, “inclusive o Banco Central”.
Ao ser questionado pelos jornalistas sobre qual seria o impacto
das diretrizes do governo sobre a política do BC, Genro
disse não saber.
“Não sei qual o impacto, isso terá que
ser visto com os técnicos, mas quando o presidente
diz que a prioridade é educação e infra-estrutura,
está dizendo que o governo terá energias financeiras
para esses investimentos”, disse. “Logicamente
todos os órgãos do governo vão trabalhar
para viabilizar a sustentação financeira do
projeto.”
Tarso rechaçou as críticas feitas pelo ex-ministro
da Educação Paulo Renato Souza, de que o seu
ministério perdeu o foco e despreza a prioridade para
a expansão do ensino básico.
“É uma questão de juízo ideológico”,
reagiu. “Se o foco da gente fosse o de fazer proliferar
de maneira irresponsável universidades privadas sem
qualquer juízo, sem controle e sem critério,
se perder o foco é regular isso, então acho
que perdemos o foco."
Segundo Tarso, Paulo Renato estaria desinformado ao atribuir
a prioridade do ministério apenas para o combate ao
analfabetismo e ao ensino superior. “Como a imprensa
tem abordado mais a questão das universidades, que
é mais esquecida no Brasil, o ex-ministro está
desinformado”.
Para o ministro, só tem sentido reformar a universidade
se houver uma requalificação e refinanciamento
do ensino básico no País. “Ele não
fez a crítica por má-fé, mas por estar
mal informado”, ironizou.
JAMES ALLEN
da Agência Estado
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