O 4º
encontro do Grupo de Alto Nível do Educação
para Todos, que terminou na quarta-feira, dia 10, resultou
em um documento no qual os participantes sugerem que as nações
desenvolvidas perdoem a dívida dos países em
desenvolvimento. A principal conclusão a que chegaram
foi a de que além de dinheiro e comprometimento, faltam
transparência e melhor gerenciamento no manuseio dos
recursos para que as metas do Educação para
Todos sejam atingidas.
Em 2000, 160 países se comprometeram, no Fórum
Mundial de Educação de Dakar, no Senegal, a
expandir o acesso à educação pré-primária,
universalizar o acesso ao ensino fundamental, reduzir os índices
de analfabetismo, aumentar as oportunidades de aprendizado
para jovens e adultos, alcançar a igualdade de gêneros
e garantir a qualidade total do ensino. O prazo definido pela
Unesco foi 2015.
Segundo os ministros que estiveram no encontro do Grupo de
Alto Nível, os países ricos estão doando
menos do que deveriam. Além disso, falta também
investimento próprio das nações mais
pobres. Na avaliação da Unesco, o investimento
ideal por país deve equivaler a 6% do Produto Interno
Bruto (PIB). O Brasil investe atualmente 4,2% do PIB. Na América
Latina e no Caribe, de 28 países que forneceram dados
ao relatório, 20 estão abaixo dos 6% do PIB
em investimento na área. O relatório final do
encontro cobra, ainda, que se encontrem formas novas de financiamento
à educação, sob o risco das metas propostas
pela Cúpula de Dacar, em 2000, não serem cumpridas.
As informações são
do Banco do Brasil.
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