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REGRESSO
16/04/2004
Luiz Eduardo Soares diz que governo Lula reduziu recursos para segurança

BRASÍLIA - O ex-secretário nacional de Segurança Pública Luiz Eduardo Soares disse nesta sexta-feira, em seminário promovido pelo diretório nacional do PPS, em Brasília, que até agora o governo federal não cumpriu nenhuma das medidas previstas no Plano Nacional de Segurança Pública. Ainda segundo ele, além de não aplicar o plano nacional de segurança, o governo reduziu, pela primeira vez, os recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.

- Nada foi feito, nem sequer a suspensão dos contingenciamentos foi feita. Pelo contrário, do ano passado para este ano o Fundo Nacional de Segurança Pública sofreu um corte de 10%. No governo Fernando Henrique nós reclamávamos que os aumentos eram pequenos e agora, pela primeira vez, houve redução dos recursos - afirmou. Luiz Eduardo, que também foi subsecretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, disse que os governos federal e do estado do Rio devem parar de tratar politicamente o problema da segurança no estado e partir para uma solução prática. Segundo ele, há setores da polícia do Rio que levam armas às favelas, levam e trazem drogas e recebem diariamente percentuais do tráfico.

- Há muito pouca humildade, muita ironia. Estão buscando bodes expiatórios. É momento de ter grandeza e renunciar a ambições políticas para reconhecer que, individualmente, não temos condições de fazer frente à dramática crise no Rio, que vai além do problema da Rocinha. Uma das providências necessárias seria a eliminação da contaminação da polícia pelo crime. Há setores consideráveis das polícias fluminenses que fazem parte do sistema criminal do Rio - afirmou.

Luiz Eduardo defendeu o uso das Forças Armadas para ajudar a combater o crime organizando no Rio. Segundo ele, a Marinha faria o serviço de guarda costeira, para evitar a entrada de drogas no estado, a Aeronáutica identificaria pistas clandestinas de pouso espalhadas pelo estado que servem ao tráfico e o Exército faria os serviços de inteligência e atuaria no anel rodoviário do estado.

- Precisamos sair das soluções reativas, voluntaristas e improvisadas e de transferências intempestivas de recursos insuficientes. Temos de deixar o ego e o narcisismo pendurados no cabide - afirmou.



As informações são do jornal O Globo.

   
 
 
 

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