A produção industrial brasileira deverá crescer 4,5% em
2004, contra o resultado de 0,8% deste ano, segundo consta
do documento Economia Brasileira, Desempenho e Perspectivas,
produzido pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI), que faz o balanço da economia neste ano. O mesmo
texto projeta uma redução da taxa de desemprego
de 12,4% da População Economicamente Ativa (PEA)
em 2003 para 11,1% em 2004, ou seja, redução
de 1,3 ponto percentual.
O presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, explicou a pequena
expansão no nível do emprego, como um fenômeno
que considera comum no mundo, em que os ganhos da área
industrial são pequenos em relação ao
emprego. "No entanto, o crescimento da indústria
puxa o setor de serviços, que é grande demandante
de empregos. No caso do Brasil, o setor de serviços
poderá dar uma contribuição importante
a essa questão do emprego", disse Monteiro Neto,
ao detalhar o documento. "É um ano em que nós
vamos ter, seguramente, uma redução na taxa
de desemprego", afirmou.
Os empresários da indústria acreditam no crescimento
da economia em 3,5% em 2004, enquanto a projeção
para 2003 é de crescimento nulo. Mas, para isso, o
documento apresenta algumas condicionantes, como a manutenção
da política macroeconômica de responsabilidade
fiscal e relaxamento na política monetária,
com a redução das taxas de juros.
O documento projeta superávit comercial de US$ 19
bilhões, inferior aos US$ 24 bilhões estimados
para 2003. Pelos cálculos da CNI, as exportações
passarão de US$ 73 bilhões em 2003 para cerca
de US$ 75 bilhões em 2004, enquanto as importações
subirão de US$ 49 bilhões em 2003 para US$ 56
bilhões em 2004.
Monteiro Neto ponderou que o superávit deste ano foi
ajudado pela fraca demanda interna, o que não se repetirá
em 2004. "Na medida em que se projeta aumento da demanda
interna é evidente que não se espera mais um
excedente das exportações", avaliou.
Embora este ano o resultado da conta corrente tenha sido
positivo em US$ 3 bilhões, as previsões da CNI
é que, no ano que vem, o balanço volte a ser
deficitário em US$ 5 bilhões.
As informações são
da Agência Brasil.
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