BRASÍLIA. O ministro da Fazenda
da Alemanha, Hans Eichel, disse ontem que a política
econômica do governo Lula está fornecendo bons
argumentos para que os investidores procurem o mercado brasileiro.
Segundo ele, a tentativa do país de combinar uma política
financeira sustentável com reformas sociais é
exemplar e merece apoio dentro e fora do Brasil.
Eichel, que se reuniu ontem com o ministro da Fazenda, Antonio
Palocci, e com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles,
disse que seu governo fará o possível para aumentar
a participação de empresas alemãs no
Brasil:
"As empresas alemãs estão fortemente representadas
no Brasil, mas essa participação ainda não
é suficiente. Não podemos mandar o empresário
alemão investir no país, mas podemos incentivá-lo
a fazer isso estimulando sua vinda ao Brasil".
Moratória será tema na reunião
do G-20
Palocci disse que o Brasil espera ser bem visto pela
Alemanha:
"Tratamos da importante presença de empresas
alemãs no Brasil, da tradição que elas
têm adquirido e da expectativa de que, neste momento
de crescimento econômico, o governo alemão possa
ver o Brasil como parceiro importante".
O encontro do ministro alemão com Palocci e Meirelles
foi acertado para discutir os temas da próxima reunião
do G-20, que será realizado em Leipzig, em 3 e 4 de
março. A criação de um código
de conduta para países que precisem reestruturar sua
dívida — o que já vem sendo discutido
entre Brasil e França — será um dos assuntos
do encontro.
Eichel defendeu a autonomia para os bancos centrais. Sem
se referir ao debate que vem ocorrendo no Brasil sobre o tema,
ele disse:
"Nossa experiência é que um banco central
autônomo é bom para uma política de controle
de preços eficiente".
As informações são do jornal O Globo.
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