Depois
de três anos estagnado, o PIB (Produto Interno Bruto)
da América Latina deve crescer 4,7% neste ano. A projeção
do Banco Mundial (Bird), divulgada ontem,
é uma revisão de cálculos da instituição,
que, anteriormente, apontavam um crescimento de 3,8%. Conforme
as projeções, o Brasil deve crescer menos que
a região neste ano, entre 3,7% e 3,9%.
Em 2005, a taxa de crescimento projetada para a região
é de 3,7%. Entre 2006 e 2015, a média anual
esperada para a América Latina é de 3,6%.
A elevação do preço das commodities -carro-chefe
das exportações da América Latina-, o
aumento de fluxos de capital para a região e o fortalecimento
das economias dos Estados Unidos, da Europa e do Japão
compuseram o quadro econômico favorável para
esses países.
Os preços de commodities como metais e minerais, por
exemplo, tiveram uma alta de quase 60% desde 2001. Esse alento,
porém, não deve fazer com que essas economias
descuidem de fundamentos econômicos importantes. Para
a América Latina, o Banco Mundial dá um recado
direto: "As condições específicas
[de política monetária] de cada país
e o grau de consolidação de programas fiscais
vão ter um papel importante [na manutenção
do crescimento da região]". No âmbito mundial,
cotações elevadas do petróleo pode trazer
dificuldades.
O desempenho da América Latina em 2004 supera o crescimento
médio do mundo, que deve alcançar 4%. Mas, quando
comparada com os demais países em desenvolvimento,
a região perde. Juntos, os países mais pobres
do globo atingirão uma taxa de expansão de 6,1%.
Esse resultado é, em grande medida, impulsionado pelas
economias da China (8,8%), da Rússia (8%) e da Índia
(6%).
Comércio exterior
De acordo com o relatório, o comércio
exterior também ajudou tanto a América Latina
como as demais regiões do planeta.
Os acordos regionais, incluindo as negociações
bilaterais de livre comércio entre os países
ricos e os países pobres e os acordos preferenciais
entre países em desenvolvimento, ajudaram o PIB e também
podem servir como armas para melhorar as perspectivas de diminuição
rápida da pobreza.
"O mais recente crescimento na América Latina
pode ser explicado, em parte, pela implementação
de uma série de acordos regionais, como o Nafta [Acordo
de Livre Comércio da América do Norte] e o Mercosul."
As informações são
da Folha de S.Paulo.
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