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infÂncia
17/11/2004
Prevenção deve salvar 140 bebês no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul tem a menor mortalidade infantil do país porém resistem bolsões onde em 2003 morreram proporcionalmente mais bebês do que em Alagoas, a campeã nacional do índice. Graças a parcerias entre governos e população, 2004 deve marcar uma transformação. Se a proporção de redução for mantida, até dezembro devem ser poupadas cerca de 140 vidas em relação às 2.369 mortes do ano passado.

Com a queda, o coeficiente de mortalidade do estado deve baixar de 15,9 por mil nascidos vivos para 14,9. Redentora, no norte do estado, é um casos mais emblemáticos dessa transformação. Em 2003, o coeficiente de mortalidade chegou a 58 mortes por mil nascidos vivos, o dobro da média nacional, de 27,8, e próxima de Alagoas, 57. Com o acompanhamento às gestantes, feito pelo Estado, prefeitura e Fundação Nacional de Saúde (Funasa), entre outros, a mortalidade despencou. Até outubro, foram oito mortes, contra 18 em 2003.

A receita de superação varia conforme a realidade, mas o princípio é inverter a lógica de atendimento. Em vez de esperar a gestante buscar auxílio, os profissionais de equipes de saúde vão procurá-las em casa. Desde 2003, o número de equipes de saúde da família, programa federal que recebe apoio do estado e dos municípios, pulou de 460 para 850. Outras medidas foram a implantação de um monitoramento semanal dos índices e de um comitê para investigar os óbitos.

Intitulado Viva Criança, o programa estadual se iniciou em 2003, quando a Secretaria de Saúde elegeu 54 municípios prioritários para atendimento. Mas não há um ranking, porque a lista considera números absolutos de mortes, e não o coeficiente de mortalidade, o que direciona as primeiras posições às grandes cidades.

A expectativa é de que os avanços evitem trajetórias como a de Neli Freitas, 31 anos, de Uruguaiana. Apenas três dos seis filhos que ela teve conseguiram ultrapassar o primeiro ano de vida. O último, que sucumbiu no início do mês, resistiu quatro dias depois do parto na UTI pediátrica, pois na região não há UTI neonatal.

"Comecei a fazer o pré-natal no quinto mês de gestação. Tive problemas familiares e deixei de procurar atendimento médico", diz ela, residente em um dos 12 bairros incluídos no programa saúde da família.

Em São Gabriel, o número de óbitos baixou de 25, entre janeiro e setembro de 2003, para 10. Os resultados são atribuídos ao Programa de Rastreamento do 1º ano de Vida, que acompanha as famílias. Até o final do ano, a expectativa é inaugurar uma UTI neonatal .

LETÍCIA DUARTE
do jornal Zero Hora

   
 
 
 

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