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limite
18/05/2004
Proposta proíbe propaganda de bebidas em rádio e TV antes das 23h

O grupo interministerial que discutiu uma nova regulamentação para o álcool decidiu, na última hora, estabelecer um limite para a propaganda de bebidas: a idéia é que anúncios só possam ser veiculados após as 23h.

O projeto foi entregue no último dia 13 ao ministro da Saúde, Humberto Costa.

Em abril o coordenador de Saúde Mental do ministério, Pedro Gabriel Delgado, havia afirmado que a proposta seguiria ao ministro sem definição de horários --decisão que ficaria para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Hoje somente bebidas de alto teor alcoólico, como a cachaça, têm a propaganda proibida em rádio e televisão, das 6h às 21h.

Segundo Delgado, no projeto do ministério não serão permitidas nem chamadas de patrocínio --rápidos anúncios durante a programação--, algo que o governo também chegou a cogitar durante as discussões, de que participaram também representantes da indústria de bebidas. Após avalizado por Costa e Lula, a proposta irá para o Congresso.

Delgado desconhecia, ainda, o texto do manifesto pelo banimento da propaganda divulgado ontem (ver texto ao lado). Os signatários do documento afirmam que o governo é omisso na definição de políticas contra o álcool.

"O movimento é legítimo, mas a posição do ministério é do controle, não do banimento. E todas as medidas necessárias têm sido implantadas", respondeu.

A nova proposta do grupo interministerial foi apresentada quatro dias após publicação da reportagem do "New York Times", contestada pelo governo, sobre a suposta preocupação dos brasileiros com o hábito de beber do presidente. "Acho que não tem relação", disse Delgado ao ser questionado se haveria ligação da mudança com a reportagem polêmica.

Manifesto
Mais de cem entidades deram início ontem em São Paulo a um movimento pelo banimento da propaganda do álcool nos meios de comunicação, em eventos esportivos, culturais e sociais.

O manifesto é liderado pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) e pela Abead (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas).

O objetivo é reunir 1 milhão de assinaturas e enviar projeto ao Congresso, diz Clóvis Constantino, presidente do Cremesp.

 

As informações são da Folha de S.Paulo.

   
 
 
 

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