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18/05/2004
Governo estuda reajuste da gasolina

O governo está discutindo internamente e deverá aumentar os preços dos combustíveis para compensar a disparada da cotação do petróleo no mercado internacional. Os técnicos da área já informaram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que será muito difícil manter os preços internos inalterados com o petróleo cotado a mais de US$ 40. Mas a decisão final e sobre o percentual de reajuste será de Lula, que deve tratar do assunto nos próximos dias, provavelmente antes de embarcar para a China, na sexta-feira.

O presidente será o árbitro dessa decisão devido à importância do tema. Ele já teria discutido o problema com ministros mais próximos, mas pediu mais informações.

Um ministro confirmou ontem que está muito difícil resistir às pressões por um reajuste dos combustíveis. A Petrobras divulgou o lucro do trimestre na semana passada e o resultado 28,3% menor foi atribuído em parte à defasagem dos preços.

A Petrobras manteve os preços dos combustíveis inalterados durante os primeiros quatro meses do ano absorvendo as variações do petróleo no exterior. Mas, com a escalada do barril nos últimos dias, a situação ficou mais complicada.

"A Petrobras é uma empresa aberta e não pode ter prejuízo. Se continuar a segurar os preços precisará fazer um ajuste maior mais na frente", alerta Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central (BC).

Decisão
Além disso, a empresa tem contribuído substancialmente para os superávits nas contas públicas. Segurar os preços dos combustíveis, no médio prazo, pode resultar em prejuízos também para o governo.

O cuidado do Planalto explica-se, por outro lado, pelo impacto que o aumento dos combustíveis terá nos índices de inflação. O BC já previa um reajuste até o fim do ano para a gasolina e derivados, mas a turbulência internacional deve antecipar a decisão do governo sobre o assunto.

Um dos argumentos que vem adiando o reajuste é o fato de o Brasil ser hoje quase auto-suficiente na produção de petróleo. Mas os analistas lembram que a empresa trabalha com um mix : exporta gasolina e importa nafta e diesel, e não pode se descolar dos preços internacionais sem que acabe computando prejuízo em suas contas.


As informações são do jornal O Globo

   
 
 
 

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