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economia
18/05/2004
Consumidor está mais otimista, diz pesquisa

Apesar das turbulências das últimas semanas, o consumidor voltou a ficar mais otimista com a economia. É o que mostra o Índice de Confiança do Consumidor da Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) deste mês. O índice teve alta de 18% e chegou a 124,44 pontos em uma escala que vai de zero (pessimismo total) a 200 (otimismo total), um resultado próximo do recorde de 127,29 pontos de janeiro deste ano.

Em abril, o índice estava em 105,20 pontos, o mais baixo desde março de 2003. O indicador é calculado pela Fecomercio e pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) a partir de entrevistas com 900 consumidores em São Paulo.

A pesquisa para o cálculo do índice deste mês foi feita antes do episódio da expulsão (depois cancelada) do jornalista do "New York Times" no Brasil.

Para o presidente da Fecomercio, Abram Szajman, esse expressivo crescimento na confiança da população reflete os indicadores positivos registrados em abril, como a retomada da produção industrial, o crescimento recente das vendas no varejo, a recuperação do emprego e a inflação anualizada abaixo da meta para 2004. "Apesar de tudo, a população está mais confiante no governo."

No primeiro trimestre de 2004, as vendas no varejo cresceram 4,5%, com destaque para vestuário, calçados e eletrodomésticos. Em abril, apesar de os números ainda não estarem fechados, Szajman disse que as vendas caíram um pouco, de 3% a 4%, em relação a março, mas subiram cerca de 1% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Agora, neste mês, as indicações são de nova alta.

Para Szajman, o ano deverá terminar com alta de 3% a 4% nas vendas do comércio.

O resultado irá depender, no entanto, de o Banco Central continuar ou não o processo de redução gradual dos juros básicos (taxa Selic).
De acordo com o presidente da Fecomercio, se não houver nova redução da Selic na reunião da Copom de hoje e amanhã, as vendas deverão crescer no máximo 3% neste ano.

Vendas à vista melhoram
As vendas à vista se recuperaram na primeira quinzena deste mês na comparação com igual período do ano passado. O ritmo de crescimento das vendas a prazo se manteve, e a inadimplência subiu no período, segundo a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Do dia 1º ao dia 15 deste mês, as consultas ao Usecheque, indicador das vendas à vista, subiram 3,7% em relação a igual período do ano passado. De janeiro a abril, o crescimento foi de 0,5%. "O frio dos últimos dias impulsionou as vendas à vista e com cheques pré-datados", explica Emílio Alfieri, economista da associação.

As vendas financiadas mantiveram o ritmo de crescimento. As consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) subiram 7,9% na primeira quinzena deste mês em relação a igual período do ano passado. De janeiro a abril, o crescimento foi de 7,8% sobre 2003.

O consumidor está comprando mais a prazo, mas continua não dando conta de pagar as dívidas. O número de carnês em atraso subiu 7,3% do dia 1º ao dia 15 deste mês sobre igual período do ano passado -de 142,93 mil para 153,30 mil. De janeiro a abril, o crescimento foi de 4,2% sobre o mesmo período de 2003.


GUILHERME BARROS
da Folha de S.Paulo

   
 
 
 

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