BRASÍLIA
- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou o seu
programa de rádio semanal para debater reivindicações
as populares, como o Movimento dos Sem-Terra e greves em alguns
setores do funcionalismo. Pela experiência no assunto,
o presidente afirmou que vê tudo com muita naturalidade.
"Algumas pessoas tentam fazer disso uma coisa muito
grave, às vezes até tentam vender como se fosse
maior do que é", disse Lula. "Quando nós
temos que entender que passeatas, manifestações
e greves são uma conquista universal da sociedade em
todo o mundo".
Lula admitiu que o funcionalismo público ficou oito
anos sem receber nenhum reajuste. Lula afirmou que é
normal que essas pessoas agora façam greve. "Até
porque as pessoas vêem no meu governo e na vitória
do PT a possibilidade deles poderem extravasar mais, na sua
prática democrática, na sua prática de
reivindicação, do que em outro governo".
O presidente disse ainda que em seu governo aumentou o número
de servidores públicos "para melhorar a qualidade
do serviço". Lula afirmou que o dirigente sindical
que sabe da preocupação com a economia, não
adianta fazer uma reivindicação absurda. "Se
você quer chegar a controlar a inflação
a 5%, a 5,5%, aquele dirigente sindical que tiver reivindicando
80% ou 70%, ele não está sendo verdadeiro".
"Eu só queria que as pessoas entendessem o seguinte:
ninguém na história do Brasil vai tratar o funcionalismo
melhor do que eu vou tratar". Em relação
às passeatas dos sem terra, o presidente afirmou que
elas existem há vinte anos. Passaram pelos governos
Collor, Sarney, Itamar e Fernando Henrique Cardoso. "O
que me dá tranqüilidade, é dizer que fui
o único presidente da República que foi no encontro
do Movimento Sem-Terra, da Contag, da CPT e de outros movimento
aqui em Brasília".
Ele afirmou que o governo fará a reforma agrária
até o final de 2006 assentando 430 mil famílias.
As informações são
do Jornal do Brasil Online.
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