O Ministério
Público solicitou esclarecimentos ao secretário
estadual da Ciência e Tecnologia, João Carlos
Meirelles, e ao Centro Paula Souza sobre a greve de docentes
e servidores das escolas técnicas estaduais (ETEs)
e faculdades de tecnologia (Fatecs), mantidas pelo Centro.
Com início em 16 de fevereiro, a paralisação
completa hoje dois meses. De acordo com o promotor Vidal Serrano,
da Promotoria da Infância e da Juventude, que instaurou
o inquérito civil público, há a preocupação
de que alunos acabem perdendo o semestre letivo devido à
greve. O promotor quer saber por que a paralisação
ainda não terminou e garantir que os estudantes não
percam o semestre.
Em nota oficial, o Centro Paula Souza informou que “vem
atuando junto às unidades em que ocorre a paralisação
das atividades para estabelecer plano de reposição
de aulas assim que a greve acabe”, garantindo o andamento
do calendário. De acordo com a nota, 34% dos docentes
e 5% dos servidores administrativos encontram-se em greve.
Os grevistas pleiteiam aumento salarial.
O governador Geraldo Alckmin promete reajustar os salários,
mas afirma que não pode fazê-lo imediatamente,
devido à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Na nota, o Centro Paula Souza ressalta que o Estado encontra-se
em limite prudencial de gastos com pessoal, por ter ultrapassado
o percentual de 46,55% na relação entre despesa
total com pessoal e receita corrente líquida. A Secretaria
de Ciência e Tecnologia do Estado afirmou ontem que
só irá se pronunciar após ser oficialmente
notificada.
As informações são
do Diário de S. Paulo.
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