Empresas
e cidadãos podem se preparar para desembolsar mais
em impostos este ano. O Instituto Brasileiro de Planejamento
Tributário (IBPT) prevê que a carga tributária
em relação ao Produto Interno Produto (PIB),
o peso dos impostos sobre a soma das riquezas do país,
deve atingir 37,31%. Isso representa acréscimo real
de 1,2 ponto percentual na arrecadação, em comparação
com o resultado do ano passado.
“O governo insiste em dizer que a carga não
aumentará, mas basta ver as projeções
isoladas de impostos e contribuições para perceber
que a realidade se mostra bem diferente”, diz o presidente
do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral.
O advogado especializado em questões tributárias
projeta aumento de R$ 19,8 bilhões na arrecadação
em 2004, puxado especialmente pela Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), pelo recolhimento
destinado à Previdência Social e pela Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
O congelamento da tabela do Imposto de Renda na fonte vai
causar impacto para os contribuintes pessoa física.
Havia expectativa de redução da alíquota
para 25% em janeiro deste ano, mas o governo a manteve em
27,5%. Esses fatores fazem com que a carga tributária
per capita (total de taxas e impostos pagos no país
dividido pelo número de habitantes) se eleve a cada
ano.
PEDRO DIAS LOPES
ISABEL MARCHEZAN
do jornal Zero Hora
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